O Índice de Confiança do Agronegócio, calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Croplife Brasil, subiu 11,3 pontos no segundo trimestre de 2020 e chegou a 117,7 pontos. O medidor leva em consideração a percepção dos três elos da cadeia: produtores, cooperativas e indústrias ligadas ao segmento.
O indicador revela otimismo no setor ao ficar acima dos 100 pontos – abaixo desse patamar, demonstraria pessimismo. Segundo as entidades, o resultado mostra recuperação após o choque causado pela pandemia de Covid-19 no primeiro trimestre.
Entre os fatores destacados no levantamento que contribuíram para a melhora da percepção, estão as vendas de tratores e colheitadeiras, que superaram os números de maio do ano passado e se recuperaram da queda de abril, quando o vírus se espalhou pelo país. Além disso, pesou também a comercialização antecipada de insumos e defensivos.
“É interessante observar que no meio da pandemia e com tantas incertezas, o setor estava abaixo de 100, e evoluiu para 111 pontos, ou seja, os agricultores estão entendendo que o cenário é positivo e não vai mudar a curto prazo”, analisa o ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Benedito Rosa.
O comentarista sugere para aqueles que estão mais alavancados financeiramente neste momento aproveitarem o momento para diminuir os endividamentos.