O excesso de dioxinas resulta de 2,5 mil toneladas de gordura animal contaminada produzidas pela Harles and Jentzsch GmbH entre novembro e dezembro e misturadas à ração animal comercializada por vários fornecedores. Holger Eichele, um porta-voz do Ministério, afirmou que todos que utilizaram produtos da companhia suspenderam os embarques e disponibilizaram as listas de clientes para o governo, causando um grande número de fechamentos preventivos.
Quase todas as fazendas afetadas estão localizadas no Estado da Baixa Saxônia, onde a Harles and Jentzsch mantém a sede na cidade de Uetersen, a noroeste de Hamburgo. A companhia não respondeu às ligações e aos e-mails sobre o assunto.
Eichele disse que, até agora, os testes feitos nos ovos das fazendas que fizeram uso da ração contaminada mostraram que cerca de um terço continha níveis de dioxina considerados seguros para consumo, ou ligeiramente acima, enquanto o restante apresentou um teor muito mais baixo.
O ministro de Agricultura do país, Ilse Aigner, agendou reuniões para a próxima segunda, dia 10, com líderes da indústria agrícola alemã para discutir o impacto das vendas perdidas, e pediu mecanismos de controle mais uniformes na União Europeia (UE).
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? Queremos que toda a Europa adote normas para isolar substâncias nocivas à saúde. Isso significa que as companhias que fabricam gordura animal não podem produzir materiais industriais nas mesmas instalações ? explicou o porta-voz do Ministério.
As dioxinas são sintetizadas durante processos industriais, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMC). Carnes, produtos lácteos e frutos do mar normalmente contêm tais substanciais, mas a exposição a níveis elevados pode causar lesões na pele e, no longo prazo, prejudicar a imunidade do organismo e os sistemas endócrinos.
Níveis muito altos de dioxinas na Europa têm provocado congelamentos periódicos das vendas e o recolhimento de produtos nos últimos anos, incluindo um recall de carne suína irlandesa e outros produtos de carne em 2008, bem como o sacrifício de milhões de frangos belgas suspeitos de contaminação em 1999. As informações são da Dow Jones.
