Preços do açúcar recuam na Bolsa de Nova York

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures US) para o açúcar bruto encerrou o pregão eletrônico com cotações em baixa.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Maurício Muruci, as cotações futuras do açúcar se mantêm pressionadas por uma fragilidade em seus próprios fundamentos de oferta e demanda, além do cenário macroeconômico global, com queda no mercado de petróleo.

Com sinalização de melhoras apenas sutis nos indicadores econômicos das principais potências motivadas exclusivamente por políticas de estímulos de seus próprios governos, não são motivadas ações compradoras de fundos de investimentos em derivativos financeiros, como é o caso do açúcar. Com isso, o barril do petróleo brent opera abaixo da linha de 40 dólares, pressionando o açúcar, na medida em que torna o etanol menos atrativo para as usinas do Brasil e da Índia, potencialmente aumentando a oferta de açúcar.

De lado fundamental, a oferta global de açúcar permanece ampla, com sinais de recuperações intensas na Ásia e no Brasil, que tende a ter na temporada 2021/22 a segunda safra consecutiva de exportações recordes.

Conforme estimativa da Safras & Mercado, as usinas da região Centro-Sul já fixaram preço para exportação de 7 milhões de toneladas da safra 2021/22, que inicia oficialmente apenas em março do ano que vem.

Os contratos com entrega em outubro/2020 encerraram o dia a 11,76 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 0,16 centavo (-1,34%) em relação ao fechamento anterior. A mínima do dia foi de 11,73 centavos, e a máxima chegou a 11,98 centavos.

Por Agência Safras