A partir da próxima segunda-feira (21), compradores e produtores de milho podem esperar novidades no mercado do grão a partir do início da colheita nos Estados Unidos. Os preços do milho deverão ser impactados, à medida em que os trabalhos nas lavouras norte-americana avançam.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– Colheita da safra norte-americana tem início;
– Clima do final de agosto e setembro, mais seco em Iowa e Illinois não tem influência sobre as lavouras de milho já em fase final de maturação;
– Serão 378 milhões de que chegam ao mercado local nos próximos 45 dias;
– Algum efeito para os preços pode ser esperado na medida em que a colheita
avance;
– Contudo, há fatores externos como as altas na Ucrânia, Brasil e Argentina, o que pode carregar a demanda global para o milho norte-americano, ajudando a CBOT;
– Há uma forte discussão sobre o fluxo de compras da China atual e futuro. Quadros de oferta e demanda dispersos, inconsistentes e sem trazer um horizonte concreto;
– O que há de fato, é que os preços na China continuam subindo mesmo em um período de colheita e isto é relevante;
– No Brasil, a safrinha finalizou a sua colheita, praticamente;
– As pressões que tinham que ocorrer com o final da colheita e vendas mais fortes de balcão já ocorreram. É possível ainda que tenhamos algum surto vendedor até janeiro pelo fato de o produtor somente ter milho nos armazéns;
– Desta forma, o mercado interno poderá viver de pequenas ondas calibradas pela decisão de venda pelo produtor em determinados momentos nos próximos 4 meses o foco agora é o plantio. As chuvas foram boas no RS na semana. Mas praticamente não existiram nas demais regiões do país. Há alguma previsão para o final do mês.
– Porém, o La Niña começa a confirmar a sua presença com possível atraso de chuvas e consequentemente do plantio do verão;
– E este perfil traz uma sequência de acontecimentos para o milho, desde o atraso da safra de verão como de um potencial atraso da safrinha 21;
– As exportações seguem sustentadas em 6,3 milhões de toneladas em embarques em setembro e já dispõe de 1,5 milhão de toneladas para outubro;
– As folgas de oferta no mercado interno vão sendo viabilizadas apenas nos momentos de pressão de venda pelo produtor e de forma pontual;
– Há um longo caminho de abastecimento para o milho até julho de 2021.