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Soja: produção do Paraná em 20/21 pode superar recorde histórico, prevê Deral

Chama a atenção a informação que as maiores regiões produtoras do grão podem produzir menos soja nesta safra do que em 2019/2020

Ainda é cedo para saber ao certo qual o tamanho da safra de soja no Paraná em 2020/2021, até porque poucas áreas iniciaram a semeadura, já que falta chuvas neste começo de temporada. Entretanto, o Departamento de Economia Rural (Deral) fez uma projeção para o potencial produtivo do estado, com base nos dados que possui. E tudo indica que o estado pode, sim, colher um novo recorde.

Segundo as primeiras projeções realizadas pela entidade, o estado tem potencial para plantar uma área de 5,543 milhões de hectares na safra 2020/2021, ou seja 1,32% a mais que as 5,471 milhões de hectares da temporada anterior.

Já a produtividade média esperada pode variar entre 58,2 sacas por hectare e 64,71 sacas por hectare. Vale ressaltar que na safra 2019/2020 o rendimento médio no Paraná foi de 63 sacas por hectare.

Diante desses projeções a produção média do Paraná pode chegar a 20,447 milhões de toneladas e diminuir 1,14% ante as 20,683 milhões de toneladas da safra passada. Mas se a produtividade obtida bater no teto esperado (ou seja, nas 64,71 sacas por hectare na média), a produção pode superar a casa das 21,526 milhões de toneladas nesta safra e bater o recorde do estado.

Quem colhe mais, pode colher menos

O trocadilho não é à toa, os três núcleos regionais que mais colhem soja no estado, todos acima de 2 milhões de toneladas, apresentam potencial para colher um pouco menos soja nesta temporada.

O núcleo regional de Campo Mourão (que engloba cidades vizinhas) segue como maior produtor do estado e tem um potencial de produção de 2,484 milhões de toneladas. Lembrando que em 2019/2020 a região registrou uma colheita de 2,639 milhões de toneladas.

A segunda que mais deve produzir soja é Ponta Grossa, com potencial de chegar a 2,184 milhões de toneladas, também inferior aos 2,241 milhões de toneladas colhidos em 2019/2020.

Para fechar o pódio dos três maiores núcleos produtores vem Cascavel, com potencial de retirar 2,012 milhões de toneladas de soja dos campos, volume também inferior aos 2,092 colhidos na safra passada.

Quem pode aumentar a produção

Dos 20 núcleos pesquisados e acompanhados pelo Deral, 8 têm potencial para produzir mais soja em 2020/2021 do que em 2019/2020. Curiosamente, o grupo que produz mais de 1 milhão de toneladas deve compensar as perdas do grupo que colhe mais de 2 milhões de toneladas.

Destaque para Maringá, que pode retirar até 1,011 milhão de toneladas dos campos, contra as 976 mil toneladas da safra passada; Cornélio Procópio, que tem potencial para colher 1,205 milhão de toneladas, contra as 1,184 milhão de toneladas da safra passada; e Londrina, que pode produzir 1,104 milhão de toneladas em 2020/2021, contra 1,051 da 2019/2020.

Completam a lista: Umuarama, Pitanga, Paranavaí, Jacarezinho e Irati.

Plantio já começou

Segundo o Deral, o plantio da soja já começou em Pato Branco, que semeou 3,2 mil hectares, e em Francisco Beltrão, que plantou 10,9 mil hectares.

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