Agronegócio

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça-feira

Queda no preço do boi gordo, agenda econômica e vendas retraídas do milho estão entre as informações importantes de hoje, confira!

  • Boi: arroba supera os R$ 260 no indicador do Cepea pela primeira vez

  • Milho: mercado segue firme em torno de R$ 70 por saca

  • Soja: USDA leva futuros em Chicago para máximas em mais de 2 anos

  • Café: arábica interrompe sequência de altas em Nova York

  • No Exterior: nova pausa em testes de vacina gera incertezas

  • No Brasil: juros devem reagir às mudanças do Banco Central e Tesouro

Agenda:

  • Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de outubro (Secex)

  • EUA: inspeções de exportação semanal dos EUA (USDA)

  • EUA: condições das lavouras norte-americanas (USDA)

Boi: arroba supera os R$ 260 no indicador do Cepea pela primeira vez

O indicador do boi gordo do Cepea superou os R$ 260 por arroba pela primeira vez na história. A cotação subiu 2,47% em um dia e passou de R$ 255,30 para R$ 261,60. Dessa maneira, no ano, o indicador já acumula uma alta de 26,4%. Com a virada da primeira para a segunda quinzena do mês, a projeção dos analistas de mercado é de estabilidade dos preços.

Na B3, o pregão foi marcado por ajustes negativos em praticamente toda a curva futura. O contrato para outubro passou de R$ 261,50 para R$ 258,90, e o novembro passou de R$ 268,70 para R$ 266,55.

Milho: mercado segue firme em torno de R$ 70 por saca

O mercado brasileiro de milho teve preços firmes ao redor de R$ 70 por saca nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), de acordo com o levantamento de preços da Safras & Mercado. Na B3, por outro lado, após uma sequência positiva desde o final de setembro, os ajustes foram majoritariamente negativos.

Em Chicago, os preços tiveram forte alta na sexta-feira, 09, após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As projeções de estoques menores que os projetados pelo mercado influenciou o movimento. Porém, ontem, 12, devolveram grande parte das valorizações.

Soja: USDA leva futuros em Chicago para máximas em mais de 2 anos

A projeção de safra e estoques norte-americanos de soja abaixo do esperado pelo mercado levou os contratos futuros em Chicago a testar US$ 10,80 por bushel. Estes níveis não eram observados desde março de 2018. Ontem, porém, assim como no caso do milho, as altas foram devolvidas e o vencimento novembro ficou em torno de US$ 10,40 por bushel.

O mercado físico brasileiro segue testando valores maiores para a soja apesar da queda do dólar. No levantamento da Safras & Mercado, os preços passaram de R$ 160 para R$ 162 em Dourados (MS), e foram de R$ 158 para R$ 159 em Rio Verde (GO).

Café: arábica interrompe sequência de altas em Nova York

O contrato para dezembro do café arábica na Bolsa de Nova York recuou ontem após superar os US$ 1,13 por libra-peso, maior valor em duas semanas. Com isso, as cotações interromperam uma sequência positiva de quatro pregões. Analistas do site internacional BarChart, indicaram que o movimento de correção foi causado por previsões de chuvas em regiões produtoras no Brasil.

No Exterior: nova pausa em testes de vacina gera incertezas

A empresa Johnson & Johnson anunciou que terá que pausar seus testes da vacina contra o coronavírus após um dos participantes adoecer. Ainda que não seja incomum este tipo de interrupção nos testes, os mercados reagem mal à notícias em virtude do aumento da incerteza em relação à retomada econômica.

Nesta semana, o destaque da agenda é a divulgação de balanços corporativos de bancos globais. Além disso, também está no radar do mercado o prazo final, determinado pelo Reino Unido, para chegar a um acordo comercial com a União Europeia. O acordo vigente expira no final deste ano.

No Brasil: juros devem reagir às mudanças do Banco Central e Tesouro

Na última sexta-feira, 9, o Banco Central e o Tesouro Nacional anunciaram mudanças para o mercado de títulos públicos e operações compromissadas. Com dúvidas em relação à saúde fiscal do país, os investidores passaram a demandar vencimentos mais curtos e pré-fixados.

O Tesouro anunciou que reduzirá o prazo de vencimento das LFT pós-fixadas de março de 2023 para março de 2022. Já o Banco Central fixou limite de R$ 600 bilhões na rolagem da operação compromissada com vencimento em 29 de outubro. A autoridade monetária justificou que o objetivo é “adaptar os instrumentos de atuação do BC às mudanças nos condicionantes da demanda por liquidez no mercado de reservas bancárias, que tem se concentrado em instrumentos de curto prazo”.