Incertezas sobre a demanda chinesa para proteínas após o país resolver os problemas da Peste Suína Africana preocupam criadores no Brasil. Os altos custos de produção de grãos também são vistos como um desafio.
O que esperar da demanda para grãos e carnes foi um dos temas tratados nesta sexta-feira, 23, tratados no 9º Fórum Empresarial do Agronegócio.
O diretor da Cooperativa Pecuária Holambra e presidente da Associação Paulista de Avicultura, Érico Pozzer, apontou incertezas que preocupam sobre a demanda chinesa para a proteína. “O que foi falado sobre a China, é novamente vamos bater no muro. Porque se o política deles conseguir recompor os plantéis de suínos, apesar de manter a boa demanda para soja e milho, quem produz carne será prejudicado.”, explica ele.
O sócio-diretor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, ressaltou que deve haver estratégia de estocagem. “O integrado vai precisar ter um sistema de armazenagem, porque será tudo colhido em um único momento com a logística cada vez mais rápida, com escoamento para exterior ainda mais eficaz. Se o produtor não alinhar as posições de compra e elaborar uma estratégia de armazém, ele pode ficar fora do mercado de negócios”.
No cenário global, relações geopolíticas devem ficar no radar, segundo Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global.
Outro tema debatido no evento foi a presença da China no mercado mundial de milho. Na Visão do sócio-diretor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, é que há mudanças em curso que devem ser observadas.