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Boi gordo: preços mantêm patamar elevado no Brasil; veja o que esperar

A dificuldade de aquisição de animais padrão China leva a inflação dos preços em toda a cadeia pecuária, destaca analista de Safras & Mercado

arroba do boi gordo, carne bovina
Foto: Comex do Brasil/divulgação

Os preços do boi gordo ficaram predominantemente mais altos nesta quinta-feira, 29, no mercado físico brasileiro.  Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por reajustes no curto prazo.

“A dinâmica fundamental pouco mudou, com oferta restrita em grande parte do país, e a dificuldade de aquisição de animais padrão China leva a inflação dos preços em toda a cadeia pecuária. Os frigoríficos se deparam com escalas de abate irregulares, posicionadas entre três e cinco dias úteis”, avalia

O analista ainda ressalta que não haverá grande volume de animais de pasto no último bimestre, uma vez que a estiagem prolongada reduziu a qualidade do pasto e atrasou o desenvolvimento dos animais. “A tendência é que eles estejam aptos ao abate apenas no primeiro trimestre de 2021”, assinala Iglesias.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 275 – R$ 276 a arroba, ante R$ 275 na quarta-feira, 28 Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 268 a arroba, contra R$ 267. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores chegaram a R$ 265 a arroba, contra R$ 264. Em Goiânia, Goiás, o valor indicado foi de R$ 260 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 264 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, o dia foi de preços acomodados. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade do movimento de alta no decorrer do mês novembro, período pautado por excelente potencial do consumo, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva. A forte alta dos preços da carne bovina remete a uma busca por proteínas mais acessíveis no mercado, enfaticamente a carne de frango.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20 o quilo. O corte dianteiro aumentou se manteve em R$ 14,65 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 14,65 por quilo.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão estável, sendo negociado a R$ 5,7650 para venda e a R$ 5,7630 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7460 e a máxima de R$ 5,7920.