Conforme comunicado da associação, a crise financeira de 2008/2009 continuou a prejudicar os volumes e os preços das exportações de carne suína em 2010. A boa evolução dos preços, 22,9% superiores aos de 2009, ainda ficou aquém das cotações obtidas no período de janeiro a outubro de 2008, que antecedeu a crise.
Segundo a Abipecs, outro fator importante que atrapalhou o resultado de volume exportado foi a forte valorização do real, que reduziu a competitividade do produto brasileiro em relação aos principais concorrentes ? Estados Unidos e alguns países da União Europeia.
Os exportadores comentam, ainda, que a oferta ajustada à demanda externa, a forte expansão do consumo interno e a elevação dos preços nos mercados interno e externo também influenciaram os embarques de carne suína brasileira.
Segundo o comunicado, a Rússia, principal mercado, teve sua moeda fortemente desvalorizada, o que contribuiu para a melhora da competitividade dos Estados Unidos e da Europa naquele mercado. Além disso, a desvalorização do dólar fez com que os custos de produção nos Estados Unidos ficassem semelhantes aos do Brasil, avalia a Abipecs.
Como em quase todos os setores da economia brasileira, o mercado interno, em 2010, esteve muito mais atrativo do que o externo. Diante dessa situação, os exportadores puderam exercer opção por não vender aos preços que os importadores ofereciam, preferindo melhor remunerar seus produtos no mercado doméstico.