Parte dos agricultores avançou com a colheita de mandioca nos últimos dias, com o objetivo de liberar áreas para outras culturas – principalmente grãos – ou de contratos de arrendamentos a vencer. Porém, segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a maioria desses agentes diminuiu ainda mais as entregas por conta dos atuais preços da raiz, que estão em baixos patamares, ou para priorizar o plantio ou tratos culturais.
Há também mandiocultores que não dispõem de lavouras para colher até o fim deste ano. Assim, na maioria dos casos, a oferta ficou abaixo das expectativas de agentes da indústria. Entretanto, parte desses players optou por diminuir a moagem, devido à baixa liquidez no mercado dos derivados e também para evitar a formação de estoques a custos altos.
Além disso, a maioria das empresas não operou no feriado de Finados, do dia 2 de novembro. Essa menor demanda pressionou as cotações de mandioca em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Entre 3 e 6 de novembro, a média nominal a prazo para a tonelada posta fecularia baixou 2,6%, para R$ 478,73 (R$ 0,8326 por grama de amido, na balança hidrostática de 5 quilos), a média semanal mais baixa desde setembro deste ano. Em quatro semanas, a queda acumulada é de 13,2%.