Os mapas meteorológicos mostram que a chuva migrou para o Centro-Sul do Brasil, como previsto na semana passada. Nuvens carregadas estão sobre o interior do continente e se aproximando da região Sul e de Mato Grosso do Sul.
Com isso, de acordo com a meteorologista da Somar Desirée Brandt, a tendência é de aumento na umidade do solo no Centro-Sul, enquanto que os volumes no Matopiba e no Pará diminuem bastante.
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De 10 a 14 de novembro, deve chover entre 70 e 100 milímetros na faixa leste de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Perto da divisa de Mato Grosso do Sul e Goiás, a expectativa é de 70 mm. Paraná e o oeste de Santa Catarina receberão de 30 a 40 mm nesse período. No Rio Grande do Sul, só deve chover no extremo sul do estado.
A meteorologia indica temperaturas em alta, com quase 40 ºC em parte do país. “Não há nenhum sistema, como uma frente fria, que possa provocar chuva mais persistente a ponto de baixar a temperatura. É uma condição típica até de verão”, diz Desirée.
A chuva persiste entre 15 e 19 de novembro, com volumes de 50 mm entre Minas Gerais e Goiás. Mas a chuva volta ao interior do Nordeste e fica mal distribuída no Sul. A partir do dia 20, as precipitações devem migrar para as áreas mais ao norte do país.
Desirée alerta que a previsão é de prejuízos no Sul por conta do La Niña. Em dezembro, grande parte do Centro-Sul terá chuva abaixo da média. Em janeiro, o Rio Grande do Sul especificamente também não alcançará a média para o período. Já em fevereiro, a estiagem deve comprometer o território gaúcho e Santa Catarina.