Agricultores do Rio Grande do Sul que usam as sementes de milho do programa Troca-Troca podem ficar mais tranquilos quanto à qualidade dos insumos, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural. Análises do Laboratório de Tecnologia de Sementes (LTS) indicam média de 97,7% de germinação, 99,9% de pureza e 1% de sementes infestadas.
“A pureza indica se na amostra foram encontradas sementes de outras espécies, terra ou pedaços de plantas como folhas ou caules. E a análise de sementes infestadas indica o percentual de sementes que foram atacadas por insetos ou alguma praga”, diz a pesquisadora e responsável técnica do LTS-DDPA Daiane Lattuada.
De acordo com a pesquisadora, “para a análise do material coletado neste programa foi utilizada a metodologia estabelecida nas Regras de Análise de Sementes (RAS, 2009), onde o teste de germinação indica o percentual máximo de germinação daquela amostra, em condições ótimas”.
- Safra total de milho deve alcançar 104,9 milhões de toneladas, estima Conab
- ‘Pior cenário de escassez do milho está próximo e pode durar até maio de 2021’
O LTS é laboratório oficial credenciado pelo Ministério da Agricultura e pertence ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapdr.
“Este trabalho é uma parceria inédita das áreas de fiscalização, pesquisa e agricultura familiar da secretaria. E os resultados mostram que o material adquirido pelo estado é de boa qualidade e que o produtor pode plantar sem medo”, destaca Rafael Lima, chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Seapdr.
As 93 amostras de sementes de 25 variedades diferentes de milho foram coletadas em diversas regiões do estado e começaram a ser analisadas pelo LTS em 17 de julho. As amostras foram aleatórias, respeitando a legislação de sementes e mudas, mas com todo o cuidado necessário para serem representativas.
A proposta é de que esta análise das sementes de milho do programa Troca-Troca continue nas próximas safras.
“O resultado dessas análises é mais um fator para comprovar que o programa acompanha os melhores padrões de qualidade de sementes disponíveis hoje no mercado e que estão à disposição tecnologias de ponta para atendimento das necessidades da nossa agricultura familiar. Por vezes, o valor pago pelos agricultores nas sementes é considerado baixo, podendo-se pensar que as sementes são de baixa qualidade. Enquanto na verdade, esse custo acessível é resultado de uma intensa negociação da secretaria junto aos fornecedores de sementes, além do subsídio dado pelo estado”, afirma o coordenador do programa Troca-Troca, Jonas Wesz.
Entrega de sementes da safrinha é antecipada
O programa Troca-Troca está atendendo neste ano mais de 50 mil agricultores. Já foram entregues no período de safra 134 mil sacas de sementes, sendo 129 mil de milho e 5 mil de sorgo, e mais 16 mil sacas de semente de milho estarão sendo entregues agora na safrinha.
De acordo com o coordenador do programa Troca-Troca, “devido à estiagem e ao registro de perdas em algumas regiões no cultivo da safra, o programa está antecipando o início das entregas das sementes da safrinha já para os próximos dias para que agricultores tenham a disposição as sementes caso tenham condições favoráveis de novo cultivo em suas propriedades.