-
Boi: arroba segue em baixa e marca mínima em 2 semanas no Cepea
-
Milho: retenção da oferta segura preços e evita maiores quedas
-
Soja: demanda doméstica mais fraca gera pressão na saca
-
Café: cotações voltam a subir de maneira expressiva no Brasil e no exterior
-
No Exterior: fechamento de escolas em Nova York ofusca avanço de vacinas
-
No Brasil: agência de classificação de risco alerta para cenário fiscal brasileiro
Agenda:
-
Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
-
EUA: exportações semanais de grãos dos EUA
-
EUA: pedidos semanais de seguro-desemprego
Boi: arroba segue em baixa e marca mínima em 2 semanas no Cepea
O indicador do boi gordo do Cepea recuou pelo terceiro dia consecutivo e marcou a mínima em duas semanas. A cotação passou de R$ 285,45 para R$ 282,15. Ainda assim, em novembro, há uma alta acumulada de 1,3%. Por outro lado, os preços do bezerro no indicador para o estado do Mato Grosso do Sul renovaram seus recordes históricos. O valor passou de R$ 2450,50 para R$ 2473,45 por cabeça, acumulando uma alta de 6,9% em novembro.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo apresentaram comportamento semelhante ao do mercado físico. No quarto dia consecutivo de ajustes menores na comparação diária, a curva agora já se situa abaixo de R$ 280 por arroba. O vencimento para novembro passou de R$ 283,95 para R$ 278,45 e para dezembro de R$ 278,2 para R$ 274,65.
Milho: retenção da oferta segura preços e evita maiores quedas
O mercado brasileiro de milho segue pressionado pelo movimento do dólar, que chegou a trabalhar abaixo dos R$ 5,30 durante grande parte do dia, mas fechou em ligeira alta. Apesar disso, a retenção da oferta por decisão do vendedor sustenta as cotações e impede quedas maiores dos preços.
O indicador do milho do Cepea, com base nos preços em Campinas (SP), passou de R$ 80,92 para R$ 80,44 por saca. Na B3, os contratos futuros tiveram comportamento misto, mas as baixas predominaram na parte mais curta da curva. Para janeiro de 2021, o ajuste foi de R$ 79,87 para R$ 79,98 e para março de R$ 80,23 para R$ 80 por saca.
Soja: demanda doméstica mais fraca gera pressão na saca
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a negociação da soja no Brasil segue bastante travada com os preços oscilando de maneira regionalizada. A consultoria avalia uma demanda doméstica mais fraca da indústria nos últimos dias, o que acaba pressionando as cotações. Apenas nos estados do Mato Grosso e Goiás os preços subiram. O bom desempenho da soja na bolsa de Chicago limita as baixas no mercado brasileiro.
No levantamento diário da consultoria destaque para Passo Fundo (RS), onde a saca recuou de R$ 172 para R$ 170, e Cascavel (PR), que foi de R$ 170 para R$ 165. Por outro lado, como dito anteriormente, em Rondonópolis (MT), subiu de R$ 184 para R$ 185 e em Rio Verde (GO), de R$ 180 para R$ 182.
Café: cotações voltam a subir de maneira expressiva no Brasil e no exterior
O indicador do café arábica do Cepea engatou a sexta alta consecutiva subindo 3,5% na passagem diária. A cotação passou de R$ 568,44 para R$ 588,52 por saca e chegou a uma elevação acumulada de 9,5% no mês.
No exterior, na bolsa de Nova York, o arábica ficou bem próximo dos US$ 1,20 por libra-peso, em uma alta diária de 3,06%. A força do mercado de café está ligada ao bom desempenho do mercado de petróleo e à queda do dólar frente a seus pares globais de moedas.
No Exterior: fechamento de escolas em Nova York ofusca avanço de vacinas
O fechamento de escolas em Nova York, anunciado mais para o fim do dia de negócios de ontem, quarta-feira, 18, ofuscou as notícias positivas de avanço das vacinas e gerou uma onda de pessimismo nos mercados globais, que se estende para o dia de hoje. O medo de que a segunda onda da doença se espalhe de maneira mais profunda antes que uma vacina comece a ser distribuída pesou entre os investidores.
As empresas Pfizer e BioNTech anunciaram os resultados da fase final dos estudos e apontaram eficácia de 95% de sua vacina. Elas afirmaram também que o pedido de permissão será encaminhado nos próximos dias para a agência norte-americana de aprovação de medicamentos.
No Brasil: agência de classificação de risco alerta para cenário fiscal brasileiro
A agência de classificação de risco Fitch Ratings reafirmou a nota de crédito do Brasil nesta quarta-feira e manteve a perspectiva como negativa, ou seja, com maior probabilidade de rebaixamento da nota nos meses a frente. Porém, o que chamou maior atenção do mercado foi o alerta para os riscos fiscais do país em um ambiente de grande incerteza da política doméstica e o avanço do coronavírus pelo mundo.