No final da manhã desta quarta-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro realizou a entrega de 3.305 títulos de propriedades para famílias de 57 assentamentos localizados em municípios de Goiás e do entorno do Distrito Federal. A cerimônia de entrega ocorreu no assentamento Bom Sucesso, em Flores de Goiás, nordeste goiano.
Segundo o comentarista Alexandre Garcia, essas entregas mostram um novo significado para a reforma agrária nacional. “Nesse evento, se desmascara uma reforma agrária ideológica como se havia antes passa para uma reforma agrária prática e, sobretudo, com resultados para essa agricultura familiar, que passa a ter garantias de escritura, de legado, de financiamento. Passa a ter acesso a recursos para construir a casa própria, passa a ter sinal de internet e a se integrar à produção nacional”, disse.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo Melo Filho, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também participaram do evento.
Do total de títulos, 1.480 são definitivos e 1.825 são Contratos de Concessão de Uso (CCU). Mesmo os título provisórios geram benefícios aos assentados, como acesso ao crédito rural e assistência técnica gratuita. Tereza Cristina disse que o governo ainda deve fornecer mais titulações até o fim de 2022.
“O presidente estava lá, estava junto de dois fundadores da União Democrática Ruralista (UDR), que se preocupou muito na constituinte com os direitos da propriedade rural. Estavam lá o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia.
“Trabalharam muito durante a constituinte, mas depois vieram os governos de esquerda e puseram em prática muita coisa através do Ministério de Desenvolvimento Agrário, com muitos recursos, trazendo pessoas da região metropolitana. Pessoas que não tinham ideia do que era um pé de couve, pé de milho ou soja. Eram jogadas ali sob o título de reforma agrária e esses que estavam há décadas esperando ficaram esquecidos. Eles receberam agora os títulos da terra, podem passar para os filhos e com a capacidade de integrar-se como produtor nacional.”
“Essa é a nova cara dessa reforma agrária, sem a máscara da ideologia”, finalizou.