Perdas causadas pelo La Niña já somam R$ 140 milhões no RS

Governador Tarso Genro assinou a autorização para construção de 159 açudes na parte Sul do EstadoO drama da estiagem fez o governo do Estado do Rio Grande do Sul acionar duas frentes ? uma no interior, outra na capital Porto Alegre. No mesmo dia em que o governador Tarso Genro assinou a autorização para construção de 159 açudes na parte Sul do Estado, o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, reuniu-se com oito prefeitos da região em Pinheiro Machado.

Voltou com as atuais cifras do prejuízo: R$ 140 milhões. No encontro, o segundo entre municípios, Piratini e Defesa Civil, foram debatidas medidas para combater os efeitos da falta de chuva: lavouras perdidas, gado perdendo peso, produção de leite em queda. Projeto do governo anterior orçado em R$ 1,3 milhão, a construção de açudes precisa deixar o papel logo.

? Essas obras, na maioria, estarão prontas em duas semanas, e, todas, no prazo de dois meses ? prometeu o secretário de Obras e Irrigação, Luiz Carlos Busatto.

Na lista dos 14 beneficiados, os municípios de Herval, Hulha Negra e Pedras Altas, com decreto de emergência reconhecido pela Defesa Civil.

A captação de água é a principal preocupação do governo e dos prefeitos da parte Sul do Estado. No encontro de quinta, dia 13, com líderes de Pinheiro Machado, Herval, Piratini, Hulha Negra, Pedras Altas, Candiota, Santana do Livramento e Bagé, foram alinhavadas ações da força tarefa que planejará o contra-ataque à estiagem. Técnicos municipais, de universidades e de institutos de pesquisa, como Fepagro e Irga, auxiliarão a mapear os problemas da região.

Santana do Livramento acumula perdas de R$ 40 milhões. Pedras Altas, onde vivem 2,2 mil pessoas, estima quebra de R$ 15 milhões. Anfitrião do encontro, que teve a presença do subchefe da Defesa Civil gaúcha, major Oscar Moiano, o prefeito de Pinheiro Machado, Luiz Fernando Leivas, mostrou-se otimista. Aguarda para o dia 28 uma audiência com o governador, com novo auxílio aos municípios.

Em Rio Grande, a seca começa a espalhar prejuízos. De acordo com Carlos Prestes, capataz de uma fazenda próxima ao Taim, a escassez de água afeta os animais. Uma égua da fazenda, prenha, morreu por beber água podre de um poça.