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Boi: arroba tenta superar pressão de baixa
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Milho: contratos futuros se recuperam na B3
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Soja: saca recua no mercado disponível, mas sobe para safra nova, diz Safras
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Café: preços caem pelo segundo dia no exterior
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No Exterior: mercados estendem ganhos com esperança em torno das vacinas
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No Brasil: risco fiscal impede valorização do real
Agenda:
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Brasil: IPCA-15 de novembro (IBGE)
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EUA: preços de imóveis em setembro
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EUA: confiança do consumidor em novembro
Boi: arroba tenta superar pressão de baixa
O mercado segue testando preços mais baixos para a arroba nesta semana após as quedas observadas na semana anterior. Apesar disso, as cotações parecem ter encontrado suporte e se estabilizaram ao redor de R$ 282 por arroba em São Paulo. No mercado futuro, o vencimento para dezembro recuou e o ajuste passou de R$ 274,1 para R$ 272,9 por arroba.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior, os embarques de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada desaceleraram na comparação semanal. Foram 32,1 mil toneladas exportadas pelo país na terceira semana de novembro, o que resultou em uma média diária de 8,5 mil toneladas e 12% abaixo da segunda. Apesar disso, se o ritmo se mantiver até o final do mês, o recorde histórico de outubro do ano passado será superado.
Milho: contratos futuros se recuperam na B3
Os contratos futuros do milho na B3 recuperaram o patamar de R$ 80 por saca em alta diária expressiva. O ajuste do vencimento para janeiro de 2021 passou de R$ 78,84 para R$ 80,58, subindo 2,2%, e do março de 2021, a elevação foi de R$ 78,77 para R$ 80,55. No mercado físico, os preços ficaram estáveis.
O Brasil exportou 1,22 milhão de toneladas de milho na terceira semana de novembro e já totalizou 3,49 milhões no mês. Dessa forma, a média diária embarcada alcançou 249,7 mil toneladas, 21,5% a mais que o mesmo período do ano passado. Sendo assim, caso o ritmo seja mantido até o final do mês, a expectativa é de que seja o melhor novembro da série histórica.
Soja: saca recua no mercado disponível, mas sobe para safra nova, diz Safras
A consultoria Safras & Mercado reportou novas baixas para a saca de soja no mercado disponível, em virtude da pouca oferta e falta de interesse. Em Rondonópolis (MT), o preço caiu de R$ 185 para R$ 168. Porém, para a safra nova, as cotações estão em alta. No porto de Rio Grande (RS), a saca já é negociada a R$ 150 para entrega no meio do próximo ano, ainda que sem grandes volumes comercializados.
A pouca disponibilidade de soja segue sendo refletida nos dados da balança comercial. Na terceira semana de novembro foram embarcadas apenas 307,36 mil toneladas, o que resultou em uma média diária de 88,75 mil toneladas. O total exportado neste mês pode ser o pior para novembro desde 2016.
Café: preços caem pelo segundo dia no exterior
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York recuaram pelo segundo dia consecutivo. O vencimento para março de 2021 passou de US$ 1,1805 para US$ 1,1705 por libra-peso, queda de 0,85% na passagem diária. O mercado segue buscando ajustes técnicos e observando realização de lucros após forte sequência positiva nos primeiros 20 dias do mês.
No Brasil, a desvalorização do real sustentou as cotações apesar da queda do preço no exterior. O indicador do café arábica do Cepea passou de R$ 579,30 para R$ 580,88 por saca, uma alta diária de 0,3%.
No Exterior: mercados estendem ganhos com esperança em torno das vacinas
Os mercados globais estendem os ganhos observados nos últimos dias com esperança em torno do início da distribuição de vacinas contra o coronavírus ainda em 2020 nos Estados Unidos e na Europa. Ontem, segunda-feira, 23, a empresa Astrazeneca e Universidade de Oxford apresentaram dados preliminares positivos das fases 2 e 3 combinadas de sua vacina.
A diminuição da incerteza em relação à transição de governo nos EUA também é vista como positiva e pode acelerar as negociações em relação ao acordo para estímulos à economia.
No Brasil: risco fiscal impede valorização do real
Com o aumento de fluxo estrangeiro para a bolsa brasileira em novembro, o real chegou a apresentar boa performance em relação ao dólar, com o câmbio operando até mesmo abaixo de R$ 5,30. Porém, o risco fiscal em decorrência do grande aumento da dívida e o atraso das reformas em virtude das eleições municipais têm impedido melhor desempenho da moeda brasileira.
O destaque da agenda econômica é a divulgação do IPCA-15 de novembro. Os investidores estarão atentos à inflação dos alimentos e se outros itens do indicador estão sendo impactados por esse aumento de preços dos produtos alimentícios.