Nos últimos 5 anos, o consumo global cresceu em média 3,6 milhões de sacas (60 quilos) e para o ciclo 2019/20 era previsto um aumento de 2,4% em relação à última temporada. As medidas adotadas para conter o vírus nas regiões consumidoras causaram um declínio muito forte no consumo fora do lar, que foi parcialmente compensada pelo aumento dentro dos lares. Com isso, o Rabobank projeta uma queda de 1,5% na demanda global de café em 2019/20 comparado à 2018/19, em 162,3 milhões de sacas. Para o próximo ciclo é esperado uma recuperação de 1,4%.
Segundo o Rabobank, apesar do recuo no consumo, os baixos estoques e um aumento pontual na procura de café no varejo, em um momento de menor disponibilidade, fizeram os preços melhorarem em boa parte deste ano. Na ICE-NY, entre janeiro a outubro 2020, os preços foram 10 a 30% maiores em relação aos mesmos meses de 2019, exceto em fevereiro, junho e julho. A forte depreciação do real em relação ao dólar americano deu um suporte adicional para as cotações de café em reais. Durante 2020, nas praças locais, a saca de café foi comercializada em média entre 17 a 52% maior em relação a 2019.
Por Agência Safras