Índice de preços de alimentos da FAO sobe 3,9% e atinge nível mais alto em 6 anos

O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 3,9% na comparação com o mês anterior e apresentou a sexta elevação consecutiva de preços, alcançando média de 105,0 pontos em novembro, nível mais alto desde 2014. O aumento mensal foi o mais acentuado desde julho de 2012. O índice também apresenta elevação de 6,5% em comparação com novembro de 2019.

O resultado mensal, segundo a FAO, foi impulsionado, em grande parte, por um forte salto nos preços dos óleos vegetais. O subíndice que rastreia os preços do óleo vegetal aumentou 14,5% em novembro, liderado pelos preços do óleo de palma, seguido pelos de açúcar, cereais, laticínios e carnes, disse a FAO. A instituição informou que todos os alimentos tiveram aumento em novembro.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 114,4 pontos em novembro, 2,7 pontos (2,5%) acima de outubro e 19,0 pontos (19,9%) mais alto do que foi verificado em novembro de 2019.

De acordo com a organização, entre os cereais, o preço do trigo apresentou escalada principalmente em virtude de uma perspectiva de aperto no fornecimento para exportação e de redução nas projeções de colheita na Argentina.

Os preços do milho também aumentaram ainda mais em novembro, apoiados por compras expressivas da China, em meio a novos cortes nas estimativas de produção deste ano nos Estados Unidos e na Ucrânia, ambos os principais exportadores. A demanda firme continuou a elevar os preços da cevada e do sorgo para ração animal. Em contrapartida, os preços internacionais do arroz se mantiveram estáveis em novembro.

O levantamento mensal destacou o óleo vegetal, que teve média de 121,9 pontos em novembro, ganhando impressionantes 15,4 pontos (ou 14,5%) na comparação mensal e atingindo seu nível mais alto desde março de 2014. Segundo a instituição, a escalada nos preços reflete, “principalmente aumentos adicionais nos preços do óleo de palma, combinados com novos aumentos na soja, canola e de valores de óleo de semente de girassol”.

Por Estadão Conteúdo