A análise consta no boletim Focus, divulgado pelo BC. O boletim é resultado de pesquisa que a autoridade monetária faz todas as sextas-feiras com uma centena de consultores financeiros da iniciativa privada para averiguar tendências do mercado sobre os principais indicadores econômicos.
Há seis semanas os analistas apostam na evolução da taxa Selic na primeira reunião do Copom neste ano, como forma de conter a inflação que vem crescendo desde setembro do ano passado e será reforçada pelas despesas típicas de início de ano: reajustes das despesas escolares e pagamentos dos impostos sobre Propriedade Urbana (IPTU) e sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Os analistas acreditam ainda em outras correções no decorrer do ano e estimam que a taxa Selic termine 2011 no patamar de 12,25%, com possibilidade de redução para 11,42% em 2012.
Os analistas projetam melhoria na relação dívida/Produto Interno Bruto (PIB), que deve terminar este ano em 39,60% (39,65% na pesquisa anterior), e em 37,75% no ano que vem (37,80% na semana passada).
A perspectiva para o déficit de conta corrente externa teve ligeira evolução de US$ 67,44 bilhões para US$ 67,49 bilhões, apesar da melhora na projeção do saldo comercial (exportações menos importações) de US$ 8,75 bilhões para US$ 9 bilhões.
O boletim Focus manteve as projeções de US$ 40 bilhões para a entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED); de R$ 1,75 para a cotação do dólar no final do ano; e de 4,50% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas e serviços produzidos no país, neste ano e no próximo.