Brasil deve habilitar cinco plantas exportadores de carne em 15 dias, diz Abiec

Para 2011, posicionamento da entidade continua a ser o de buscar a abertura de novos mercadosNos próximos 15 dias, o Brasil deve ter cinco novas plantas habilitadas à exportação de carnes e outras 14 até o fim do ano. A informação foi dada pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli.

? Em não mais do que 15 dias estaremos agregando mais cinco plantas exportadoras para a China e teremos um incremento, até o final do ano de mais 14 plantas ? afirmou.

Em 2011, o presidente da Abiec informou que o posicionamento da entidade continua a ser o de buscar a abertura de novos mercados e de fortalecer os vínculos com os países que já tem relações comerciais com o Brasil.

Camardelli disse, ainda, que cinco novas plantas devem ser habilitadas também para exportarem para a Rússia. O país manteve-se como o principal destino das carnes brasileiras no ano passado, embora o volume exportado tenha caído 13%, passando de 327,221 mil toneladas para 284,909 mil toneladas. O faturamento da carne exportada para a Rússia, por sua vez, cresceu 12% em 2010 e atingiu um total de US$ 1,023 bilhão.

? A queda em volume não nos preocupa, olhamos o faturamento ? avaliou Camardelli.

Ele explica que a queda no volume se deu por uma questão mercadológica, impactada, principalmente, pela crise europeia. Porém, ressaltou que o fato não é significativo, uma vez que o faturamento teve uma expansão bastante importante.

? Estamos alcançando uma maturidade das relações dos grupos técnicos do governo dos dois países, então há uma diminuição da área cinzenta, tornando a relação comercial mais salutar ? disse.

Outro importante mercado para o qual o Brasil exportou em 2010 foi o Chile. O país aumentou significativamente a participação nas exportações brasileiras de carne com crescimento de 271% em volume, atingindo 19,9 mil toneladas. O faturamento aumentou 380% e passou de US$ 20,324 milhões para US$ 97,571 milhões.

? O Chile abriu o mercado em 2008. Nós ficamos três ou quatro anos fora do país e o princípio e capilaridade foi perdido. Tivemos então um período de recomposição gradativa e fizemos uma nova inserção no mercado [em 2010] ? explicou Camardelli, justificando, portanto, a explosão da exportação no ano passado, quando a relação entre Brasil e Chile voltou a se consolidar.

Para 2011, Camardelli acredita que a relação com os chilenos deve ser ainda mais fortificada e a expansão do volume e do faturamento deve se intensificar em todos os atuais mercados em que o Brasil está presente. O objetivo é também elevar a exportação de carnes para países como Estados Unidos, Japão, Taiwan e Coréia.

Embora as perspectivas para exportação sejam favoráveis em 2011, a oferta mais ajustada de animais para abate preocupa Camardelli. A estiagem que atinge Mato Grosso e outros Estados impacta na fertilização das vacas e pode comprometer ainda mais a oferta.

? Mas mantemos uma perspectiva bastante positiva para 2011 ? ressaltou.

Segundo ele, o preço da arroba do boi deve entrar em um período mais estável, após seguidas altas acima dos R$ 100.