Para dar tempo de as cidades gaúchas se candidatarem à construção dos reservatórios de água, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) adiou a abertura do edital. A seleção começaria nesta quinta, dia 20, mas será feita a partir da semana que vem.
? Agora cabe aos municípios fazer um detalhamento dessa demanda pra que a gente possa estudar a forma de atendê-la o mais rápido possível ? diz o secretário-executivo do MDS, Rômulo Paes.
Nesta quinta, um técnico do Ministério vai à região da Campanha para ajudar as prefeituras a elaborarem os projetos exigidos para a liberação dos recursos. Cada cisterna custa R$ 1,4 mil. Elas vão ser construídas para armazenar a água da chuva, como já acontece na região Nordeste do país.
? Cada cisterna tem 16 mil litros, o que mantém uma família de cinco pessoas durante seis meses. Então, ela aguenta a estiagem ? explica o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social do RS, Luis Augusto Lara.
Já a construção de uma rede de abastecimento de água nas comunidades quilombolas depende de uma nova reunião, prevista para fevereiro.
? Ali são famílias numa extrema miséria, pobreza, não tem casas, as pessoas não têm sequer um recipiente para receber a água que é levada pelos caminhões-pipa. É uma situação muito precária? diz o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador.
As prefeituras também receberam autorização para incluir mais moradores no Bolsa Família. E a entrega de cestas básicas será agilizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Nesta quinta, a comitiva segue em Brasília para tentar renegociar as dívidas dos agricultores da região.