No momento em que é iniciada em toda a Bahia a semeadura do algodão (safra 2020/21), metade da futura colheita já está comercializada. Essa tendência de antecipação é vista com otimismo pelos produtores, que conseguem tocar a lavoura com parte dos gastos pagos e uma boa expectativa de produção e ganho por saca. O interesse pelo algodão produzido na Bahia vem em tendência crescente e hoje o produto é considerado como um dos melhores do mundo por conta da qualidade de sua fibra.
Na safra passada, a Bahia contribuiu com cerca de 25% da produção nacional de algodão, número menor apenas ao de Mato Grosso. Mas a Bahia tem uma vantagem: uma produtividade em torno de 300 arrobas/hectare, que é uma das melhores do mundo.
“O algodão da Bahia é um exemplo de sistema produtivo na agricultura de precisão e tem um papel muito importante no agronegócio do Estado. É um dos pilares em melhorias, uso das aplicações tecnológicas, trabalho empreendedor e fixação de trabalhadores no campo. Esperamos que esta safra eleve a produtividade média e possibilite uma colheita com ótimos resultados”, comenta Eduardo Rodrigues, superintendente de Política do Agronegócio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SEAGRI).
O plantio foi iniciado nos municípios de São Desidério, Formosa do Rio Preto, Correntina, Barreiras, Riachão das Neves, Luís Eduardo Magalhães, Jaborandi, Baianópolis e Wanderley, dentre outros. A região Oeste ganha destaque na produção por diversas razões, como clima, topografia, infraestrutura e o perfil empreendedor do empresariado já estabelecido na região.