Já a incidência da doença por planta inspecionada caiu de 0,65% para 0,36%, e a presença do greening por talhão reduziu de 42% para 35%. Foram inspecionadas 235 milhões de árvores nos dois últimos trimestres de 2010, o que corresponde a uma adesão de 90% dos produtores, os quais são obrigados a entregar, semestralmente, os relatórios de vistoria e erradicação.
Foram entregues até esta quinta, dia 20, 18.211 relatórios, de um total de 19,5 mil citricultores previstos. Os números ainda devem mudar, já que alguns produtores ainda entregavam os relatórios fora de prazo.
? Desde que começamos a avaliação e sistematizamos o fluxo de informações sobre a doença é a primeira queda; isso ocorre porque há cada vez mais um domínio sobre os métodos de controle do greening, que é utilizar mudas sadias, erradicar plantas doentes e controlar o inseto transmissor da doença ? disse Claudio Alvarenga de Melo, coordenador da Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo.
Para ele, apesar dos resultados positivos, a situação da doença no Estado ainda “está longe da ideal”. Melo cita o engajamento dos citricultores e da indústria como outro exemplo para o recuo do greening. A boa remuneração do setor, cuja fruta atingiu preços recordes no ano passado, também refletiu nos seus melhores cuidados com o pomar.
Os citricultores que não entregaram seus relatórios serão checados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), órgão da Secretaria de Agricultura, se saíram da atividade. Caso contrário, terão de prestar esclarecimentos ao órgão e podem ser multados. Semestralmente, o citricultor deve entregar os relatórios de inspeção e eliminação de plantas realizadas em sua propriedade feitas a cada três meses, como previsto pela Instrução Normativa nº 53 do Ministério da Agricultura.
Em São Paulo, o procedimento é feito pela internet. Após o preenchimento do relatório, o produtor recebe o protocolo de entrega, que deve ser impresso e guardado para eventuais comprovações em auditorias a serem realizadas pela CDA.