Barraginhas beneficia 535 famílias no semiárido piauiense

Projeto auxilia na melhor distribuição de água aos agricultores familiaresO Governo do Piauí, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por sua Diretoria de Convivência com o Semiárido (DCSA), em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), já construiu 1.624 barraginhas em 12 municípios do semiárido piauiense. Com a obra, foram beneficiadas 535 famílias de trabalhadores rurais da agricultura familiar, permitindo o acesso à água para a produção de alimentos para consumo, e o excedente para comercialização, que garante aumento da renda.

O Sistema Barraginhas se caracteriza como mais uma alternativa para reduzir o problema da falta de condições adequadas à produção agrícola na região semiárida, por meio de tecnologia que simplifica o armazenamento da água para ajudar na convivência com o clima.

Para a diretora da secretaria, Lúcia Araújo, o Sistema Barraginhas já está beneficiando 535 famílias, ou seja, 2.675 pessoas, nos municípios de Guaribas, Jurema, Valença, São Francisco de Assis, Pimenteiras, Santo Inácio, Pio IX, Francisco Santos, Coronel José Dias, São Raimundo Nonato, Betânia e Paulistana.

Segundo Lúcia, o Projeto Barraginhas vem se consolidando como uma realidade no interior piauiense e começa a projetar, desde o seu lançamento, uma nova tendência para a zona rural do semiárido.

Para a diretora da secretaria, o projeto tem como meta também uma maior produção de alimentos, garantindo segurança alimentar para as famílias do semiárido piauiense, além de promover a mobilização das comunidades e organizações representativas dos agricultores e famílias dos municípios. Lúcia conta que a meta é construir quatro mil barraginhas.

Entenda as barraginhas

As barraginhas apresentam como novidade a captação e o armazenamento da água de chuva na superfície do solo e também no subsolo, possibilitando às famílias participantes da região, o cultivo permanente de hortaliças e frutas por meio de canteiros econômicos e o plantio de safrinhas nas áreas úmidas adjacentes.

O sistema funciona como uma espécie de caixa de água natural onde, numa sequência de três unidades construídas sobre um eixo de enxurrada, as superiores se esvaziarão rapidamente transferindo a água por infiltração subterrânea para as unidades inferiores.

Nesse processo, é fato consumado a elevação do nível de água no subsolo, o que é percebido visualmente pela elevação do nível das caçimbas, umedecimento das baixadas e até o surgimento de minadouros.

Lúcia Araújo destaca que na prática o sistema tem uma importância muito grande, porque ameniza estiagens (veranicos), e propicia o plantio de safrinhas após o encerramento do ciclo chuvoso, além de perenizar também alguns miniaçudes de baixadas, oferece as condições necessárias para a instalação de cacimbas que possibilitarão a irrigação suplementar para a produção de hortaliças em canteiros econômicos.