O uso de drones na agricultura brasileira tem aumentado. A tecnologia facilita a aplicação de defensivos em locais de difícil acesso da lavoura, otimizando o trabalho, de acordo com o engenheiro agrônomo Márion Henry Ribeiro Dantas, que é instrutor credenciado do Senar Mato Grosso.
Dantas também destacou outra vantagem do uso do drone nas pulverizações: a segurança nas aplicações, tanto pelo menor (ou quase inexistente) contato do operador com o maquinário e com o produto, quanto pela redução dos riscos de derivas pelo vento, já que a aplicação é direcional.
Em entrevista no início deste ano ao Canal Rural Mato Grosso, ele contou que a demanda por esse serviço tem crescido, valorizando a profissão do piloto de drone. Com isso, o salário desses profissionais pode chegar até R$ 12 mil.
“O mercado tem crescido bastante para pilotos. A variação de salários na região central do Brasil vai de R$ 1,5 mil a até R$ 12 mil por mês, dependendo da categoria do drone que será operada, bem como os tipos de aplicações que serão executadas. Faltam pilotos qualificados para atender a demanda do agronegócio”, alerta.
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O que é preciso para ser piloto de drone?
Para os produtores que tenham interesse em adotar a tecnologia nas atividades de campo, o instrutor orienta a procura de empresas que tenham conhecimento comprovado sobre o tema, que sejam regulamentadas, tenham pilotos registrados na Anac e drones devidamente regulamentados. Adquirir o equipamento e qualificar a mão de obra disponível na fazenda também é uma boa alternativa, segundo Márion. “A busca pela capacitação é fundamental e o Senar-MT tem um papel importante nisso, oferecendo treinamentos para operação de drones com foco na agricultura”, afirmou.
Quem deseja investir na carreira de piloto de drones, ou em português vant (veículo aéreo não tripulado), deve procurar cursos e treinamentos (como os do próprio Senar-MT) que tenham foco direcionado para o uso do equipamento na agricultura, incluindo a aplicação de produtos químicos. Vale lembrar que antes de prestar o serviço, o piloto tem que ser registrado na Anac como operador de drone. O mesmo vale para os equipamentos, que também seguir todas as exigências estabelecidas pela Anatel.