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Países da América Latina iniciam vacinação; Brasil ainda aguarda aprovação

Comentarista Miguel Daoud fala sobre a situação das vacinas produzidas  e como a chegada de uma vacina eficaz pode alavancar a economia nacional

O Chile começou nesta quinta, 24, a administrar as primeiras doses da vacina contra covid-19 da Pfizer-BioNTech a profissionais de saúde. O objetivo é avançar rapidamente em sua campanha contra o novo coronavírus, que já deixou mais de 16 mil mortos no país.

Chile e México foram os primeiros países da região a iniciar a vacinação. A Costa Rica também recebeu doses da Pfizer, enquanto o primeiro lote da russa Sputnik já chegou à Argentina. 

Num voo procedente da Bélgica e sob medidas rígidas para mantê-las em baixa temperatura, as caixinhas com as primeiras 10 mil doses foram levadas a Santiago para dar início imediato à campanha em três hospitais. Outra remessa de 10 unidades chegará na próxima semana. 

Por enquanto, o Brasil segue como uma das poucas nações do continente que não tem previsão oficial para o início da campanha de imunização. De acordo com o comentarista Miguel Daoud, para a retomada econômica, a vacinação é fundamental. “Eu sempre fui um crítico dessa posição em relação à vacina, pois ela é essencial. Recordamos no início da pandemia e falávamos muito de que a normalidade de qualquer nação voltaria quando nós tivéssemos uma vacina. Mais recentemente se iniciou os testes das vacinas existentes e o Brasil, de certa forma, desdenhou a vacina. Ficou uma briga entre o presidente e o governador João Doria, mas a única que estamos próximos de aprovar é esta da China, que teve eficácia de 91% comprovada pela Turquia hoje, o que é uma boa notícia”, disse.

Segundo ele, mesmo países que receberam poucas doses, têm como ponto positivo o otimismo e o simbolismo de uma vacinação. “No Brasil, começamos a entrar em desespero, pois não temos nenhuma perspectiva. O Brasil entrou em um cenário que é muito difícil que tenhamos o início da vacinação antes de fevereiro. E mesmo que tivéssemos feito acordo com a Pfizer, não teríamos em quantidade suficiente”, completou.