O plantio da soja alcança 93% do previsto para esta safra no Rio Grande do Sul, que é de 6.074.620 hectares. O desenvolvimento é favorecido pelas precipitações ocorridas na semana, apesar de volumes e intensidades variadas nas diversas regiões produtoras do Estado. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta semana, através de convênio com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a semeadura da soja foi finalizada na região administrativa de Ijuí e os cultivos se encontram com desenvolvimento adequado.
Nos municípios onde a semeadura foi mais tardia, as lavouras apresentam estádios iniciais de desenvolvimento, com aspecto de atraso. Nas demais, o crescimento das plantas foi rápido, com emissão de folhas novas e de tamanho normal. Produtores se preparam para o controle de doenças com a aquisição de fungicidas e regulagem dos pulverizadores.
Na de Santa Rosa, o plantio da soja chega a 94% do total previsto de 719 mil hectares. Há expectativa de que em torno de 3% da área total será semeada em janeiro próximo, como safrinha ou cultivo de segunda safra, em especial nos municípios localizados no entorno do microclima do Rio Uruguai, como Dr. Mauricio Cardoso, Horizontina, Novo Machado, Porto Mauá e Porto Lucena. Em geral, os cultivos estão em desenvolvimento vegetativo e com boa população de plantas devido às boas condições de umidade do solo nessas últimas semanas.
No milho, a presença de chuvas na maioria das regiões do Estado fez avançar os plantios, que já totalizam 90%, além de contribuir para a melhoria do desenvolvimento dos cultivos. No Estado, 29% das lavouras de milho implantadas estão em germinação e desenvolvimento vegetativo, 18% estão em floração, 35% das lavouras de milho estão em enchimento de grãos,14%, em maturação e 4% já colhidas.
Na região de Bagé, as lavouras de milho semeadas a partir de 20 de novembro estão apresentando bom desenvolvimento e alto vigor inicial, com temperaturas diurnas adequadas e noturnas amenas, além da ótima disponibilidade de umidade no solo. As semeadas anteriormente apresentam falhas entre plantas e nas entrelinhas, com danos variáveis de produtividade, mas irreversíveis. Na Fronteira Oeste, algumas lavouras com maior dano foram substituídas por soja.
Nas áreas destinadas à silagem na região de Frederico Westphalen, a colheita avançou e já alcança 40% da área total de 33.849 hectares. Há perdas na produção de massa verde, estimada em 60% do rendimento esperado de mais de 33 mil quilos por hectare. O retorno das chuvas faz com que o milho vegete e mantenha suas folhas mais túrgidas; assim o enchimento dos poucos grãos nas espigas será melhor e poderá trazer qualidade superior ao que vinha sendo observado.
Apesar de esparsas e com volumes variados, as precipitações contribuíram para a reposição dos mananciais hídricos e o desenvolvimento dos cultivos de arroz, que estão 94% em germinação e desenvolvimento vegetativo e 6% em floração. Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o bom resultado dos cultivos, somado à valorização do produto, fez a área de plantio chegar a 133.516 hectares, incremento próximo a 2% cento em relação à área de arroz na safra passada. Já na de Bagé, a limitação imposta pelos reservatórios de água, que não atingiram a totalidade de armazenamento em parte dos municípios da região, fez a área estimada de cultivo chegar a 396.135 hectares, 2% inferior à área da safra anterior. Em geral, as lavouras continuam em ótima condição fitossanitária e o controle de ervas daninhas tem se mostrado eficiente.