Economia

Dólar começa ano com 1% de queda seguindo exterior positivo

Para a equipe econômica da corretora Commcor, há uma busca por risco em meio aos números um pouco melhores da atividade industrial na zona do euro

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Foto: Pixabay

O dólar comercial opera em queda de cerca de 1% frente ao real no primeiro pregão de 2021, acompanhando o exterior mais positivo para as moedas de países emergentes em meio à busca por risco no exterior diante números mais positivo das economias da Europa e com a vacinação contra a Covid-19 em andamento em vários países do hemisfério Norte. Apesar de iniciar um novo ano com expectativas positivas, problemas antigos podem virar esse cenário.

Às 10h05 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,92% no mercado à vista, cotada a R$ 5,1410 para venda, enquanto o contrato futuro com vencimento em fevereiro recuava 1,03%, a R$ 5,1425.

Para a equipe econômica da corretora Commcor, no primeiro pregão do ano, há uma busca por risco em meio aos números um pouco melhores da atividade industrial na zona do euro, Alemanha e Reino Unido, acima dos níveis dos últimos três anos.

“Junto aos ótimos resultados, o início da distribuição da vacina da AstraZeneca no Reino Unido traz uma dose extra de otimismo ao combate à pandemia [do novo coronavírus e à recuperação econômica”, avalia.

Porém, os analistas da corretora reforçam que investidores seguem em alerta para a nova variante da covid-19 e para o provável aumento dos casos da doença com as festas de fim de ano. “Como ponto positivo e trazendo tranquilidade ao cenário global, boa parcela dos principais mercados caminham bem no processo de vacinação, diferentemente do Brasil”, reforçam.

Apesar do ano novo, problemas antigos prosseguem no mercado doméstico. Para os analistas da Guide Investimentos, “Brasília é a chave”, principalmente, após o aumento do endividamento público, “necessário” em decorrência das medidas de estímulo para amortecer a queda de demanda ocasionada pela pandemia.

“Esta geração de superávits primários depende, no entanto, do nível de tração das reformas fiscais dentro do Congresso. É proeminente que o Congresso aprove a PEC Emergencial para instaurar uma série de gatilhos que cortam despesas que em sua grande maioria pertencem ao funcionalismo da máquina pública”, reforçam.