Uma pesquisa aponta que 54% das empresas de agronegócio, alimentos e bebidas acreditam que a atividade econômica no Brasil este ano vai ficar igual ao nível pré-pandemia da Covid-19 e devem recompor as vagas de trabalho perdidas no último ano. O levantamento foi realizado pela Deloitte, maior organização de serviços profissionais do mundo.
Segundo Paulo de Tarso, sócio líder da Deloitte, o despenho do setor produtivo ajuda a explicar a confiança no crescimento da atividade. “O agro é a locomotiva da economia brasileira e tem se destacado a cada ano. Atentas a esse o cenário, as empresas continuam a fazer investimentos, especialmente em tecnologia, que, durante a pandemia teve e continua com uma demanda muito forte”.
A pesquisa apurou a perspectiva de 663 empresas, quanto à recuperação e à sustentação dos negócios no contexto pós-crise da Covid-19. A indústria do agronegócio, alimentos e bebidas representou 8% da amostra total.
O levantamento também apontou que o quadro de funcionários deve crescer 42% nas empresas de agronegócio, alimentos e bebidas. Dentre as empresas pesquisadas, 30% afirmam que vão manter o quadro de funcionários sem substituições, enquanto 24% manterão os colaboradores com algumas substituições por profissionais mais qualificados.
“Com a pandemia e o avanço da tecnologia, especialmente no uso do trabalho remoto, a forma de atração de profissionais mudou. Com essa nova dinâmica de home office pode haver uma oportunidade de contratação de profissionais mais qualificados, e que não precisam precisem estar fisicamente nos seus locais de trabalho. Com empresas cada vez mais tecnológicas, a demanda por profissionais que saibam interpretar dados vai crescer”, ressalta Tarso.