O câmbio e a demanda interna elevada estão estimulando os preços do arroz neste início de 2021. Depois de anos de preços abaixo dos custos de produção, os produtores do cereal estão recebendo cotações mais altas, recuperando parte das perdas das safras anteriores. De acordo com o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, essa alteração nos preços não era esperada tão cedo, mas a retenção da oferta por grandes exportadores impulsionou os valores de comercialização.
“Nós tivemos um ano de 2020 com uma mudança bem significativa no patamar de preço pago ao produtor. Isso aconteceu em função de uma conjuntura internacional, com a câmbio elevado que favoreceu uma paridade mais alta em relação ao Mercosul e aumento da demanda interna”, o presidente da entidade.
Ainda segundo o presidente da Federarroz, o setor, que vem sofrendo problemas nos últimos anos, como diminuição de área plantada, preços baixos e saída da atividade, busca uma nova maneira de produção. “O produtor tem que buscar resistência e alta produtividade. Além do arroz, ele tem a soja e a pecuária para complementar o sistema, intensificando o modelo de produção”, completa.