Em Mato Grosso, a colheita da safra de soja 2020/2021 não chega nem a 1% da área de 10,3 milhões de hectares no total. Segundo o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) esse é o menor ritmo de desempenho das últimas cinco safras no estado.
Por enquanto, na propriedade de Gabriel Lenz em Sorriso (MT), movimentação mesmo só dos pulverizadores no manejo de inseticidas para controlar as pragas, principalmente as lagartas, que têm incidência maior nesta safra.
O início da colheita nos 2.200 hectares de soja está programada para o final de janeiro, um atraso de vinte dias no calendário que deixa o agricultor apreensivo.
“A safra 2020/2021 está sendo desafiadora para nós produtores. Ano de pouca chuva e atraso no plantio. Agora a chuva veio, graças a Deus, visando o final ciclo da cultura que será a colheita, se o tempo colaborar vamos conseguir tirar a safra toda. Tenho preocupação com a colheita, mas esse é um próximo passo e vamos chegar no final de janeiro e início de fevereiro e ver como que vai decorrer, diz Lenz.
De fato, a maioria dos produtores do estado não estão colhendo. Segundo o Imea, até o dia 15 de janeiro, os agricultores mato-grossenses haviam recolhido 0,8% da área de 10,3 milhões de hectares, contra 5,8% do ano passado e 4,6% na média das últimas cinco safras no mesmo período, o ritmo mais intenso da colheita nas áreas de sequeiro estão previstos para segunda quinzena de fevereiro em decorrência desse atraso..
“É difícil prever se a gente vai ter ou não uma boa safra, ainda mais falar em super safra, tem que ser conservador nestas previsões porque estamos tratando com a variável clima que o ser humano não consegue controlar”, diz o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Fernando Cadore.