Os preços do suíno em São Paulo caíram 28% em janeiro deste ano ante dezembro de 2020, segundo a Scot Consultoria. De acordo com o analista de mercado Felipe Fabri, apesar da demanda mais enfraquecida no início deste ano, o cenário é de preço firme para 2021.
- Água de reuso pode otimizar custos na suinocultura, aponta pesquisa
- China está criando suínos em prédios de até 13 andares; veja imagens
- Milho: nova variante de peste suína africana pode impactar os preços
“Tivemos uma queda muito firme ao longo de janeiro após um ano de 2020 excepcional, chegando a um mês de novembro nunca visto antes, de R$ 185 a arroba. E quando o mercado interno começou a dar sinais de não aguentar as autas observadas, retomou um fôlego com as festas de dezembro, onde tradicionalmente aumenta a demanda. Agora, em janeiro, tudo isso já passou e temos uma demanda mais desacelerada tanto no mercado interno como no internacional. Acabou baixando para baixo, saindo de R$ 152 a arroba do suíno terminado em 30 de dezembro, para agora a R$ 110”, explicou o cenário atual.
As exportações em janeiro, segundo ele, estão em alta em relação a janeiro de 2020, mas deu uma enfraquecida ao longo do mês. “Abrimos janeiro com médias 4,25 mil toneladas por dia exportadas, mas nesta segunda já registramos 2,81 mil toneladas por dia. Esse processo de demanda mais fraca tanto doméstico, como externo, vem ocorrendo, mas os números ainda são superiores em relação a 2020”.
O analista explica que o rebanho da China contiua a crescer, o que deve aumentar a oferta interna, o que na teoria puxaria o preço para baixo. ‘No entanto, temos o custo de produção em alta e uma competitividade com o mercado de boi gordo. Isso faz com que os preços não caiam drasticamente ao longo do ano. Devemos ter um ano de preços firmes, já que essa demanda, apesar de mais fraca, deve ter uma retomada”, completou.