A pandemia de Covid-19 tem provocado impactos significativos em todo o setor produtivo mundo afora, incluindo o agronegócio. E para falar desse impacto ao setor, o Rural Notícias inicia uma série de entrevistas com governadores dos principais estados produtores. O primeiro convidado foi o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, que deu um panorama desses quase 12 meses de pandemia.
Governo de MT anuncia R$ 606 milhões para pavimentar estradas e construir pontes
“Aqui em Mato Grosso não é diferente de outros estados brasileiros e até com outras partes do mundo. Por enquanto, estamos sob controle com a taxa de ocupação de leitos de UTI, que estão em patamar palatáveis, na casa de 70%, sem atingir um nível crítico. Estamos fazendo um esforço muito grande para manter a abertura de leitos ativo. Temos a programação de abrir novos leitos, correndo atrás de vacinas do mundo inteiro para minimizar o impacto da pandemia na vida das pessoas, e consequentemente para o campo”, disse.
Logística
O governo de Mato Grosso anunciou um pacote de obras para melhorar a infraestrutura logística do estado. As ordens de serviço foram assinadas nesta quinta, 18. O pacote prevê a pavimentação de 775 quilômetros de estradas, além da construção de 40 pontes de concreto, beneficiando diretamente 56 municípios em todas as regiões do estado. A previsão do governo é de que ainda este mês as obras tenham início – ou reinício – no caso daquelas que foram paralisadas durante o período chuvoso. O investimento total soma R$ 606 milhões e faz parte do Programa Mais MT.
Segundo o governador, isso é resultado de medidas de controles de gastos que colocaram a saúde financeira do estado em dia. “O governo de Mato Grosso, ao longo dos últimos dois anos, conseguiu recuperar as finanças do estado. Estávamos com salário atrasado e com fornecedores sem receber, mas essa realidade mudou e iremos investir em 2021 algo em torno de 16% da nossa receita”, explicou.
O governador disse ainda que um programa em andamento pretende substituir 5 mil pontes de madeira por pontes de concreto. “Nós compramos as pontes, entregamos aos municípios e eles executam a obra. Também compramos novas máquinas para fazer manutenções, afinal temos muitas estradas ainda não asfaltadas. Procuramos melhorar as de maior fluxo, indo para o asfalto, e as que possuem menor fluxo mantendo a condição de trafegabilidade”, concluiu.