O dólar comercial fechou em alta de 1,30% no mercado à vista, cotado a R$ 5,4540 para venda, em dia de forte estresse no mercado doméstico e no exterior, com o real tendo um dos piores desempenhos entre as moedas globais em meio ao receio quanto à Petrobras, após o presidente Jair Bolsonaro anunciar a troca de comando da companhia e elevar os riscos políticos.
De acordo com o economista Roberto Troster, as próximas semanas serão de volatilidade tanto no câmbio como na bolsa. “Temos aqui uma série de incertezas como a questão da Petrobras e a nova lei do ICMS, que reduz as receitas nos estados. Por fim, Bolsonaro pode fazer algo semelhante com o custo da energia, o que cria mais temores. Quando se começa um choque assim, demora bastante para diminuir a volatilidade, acredito que em torno de três semanas”, falou.
Muito se fala sobre o Risco Brasil, mas o inimigo real, segundo Troster, é o câmbio.”O dólar é o problema e torna a rentabilidade do campo uma loteria. O grande vilão dessa história é o dólar. Estão atacando o inimigo errado. O Brasil é o país com maior volatilidade no câmbio, ou muda a política cambial ou será essa roleta russa para o produtor brasileiro”.