De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil só deve iniciar negociações de livre comércio com a Indonésia se o país asiático adotar as recomendações feitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) após uma disputa relacionada ao frango halal em 2021. Segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, a Indonésia assumiu condutas que impossibilitaram a relação de comércio entre os países.
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“O Brasil, em conjunto com diversos ministérios, buscou abertura daquele mercado que tem mais de 260 milhões de habitantes e um dos frangos mais caros do mundo. Fizemos todas as tentativas, mas a Indonésia não cedeu, então entramos com um processo que foi aprovado por mais de 40 países, mostrando que tínhamos razão nas petições e que a Indonésia estava protegendo a indústria local”, explica.
Com a vitória da ação, o país asiático se comprometeu, em um período de 2 anos, instaurar as medidas estabelecidas pela OMC, mas ainda não as fez. Ainda assim, os ministérios do Brasil criaram uma tentativa de painel de arbitragem, oferecendo uma nova chance para o país.
“Por último, a ABPA mandou uma carta oficial ao governo dizendo que não somos contrários a um eventual acordo comercial, deve se levar em conta o papel desastroso que a Indonésia fez. Ainda pedimos ao governo para elevar o tom com os indonésios na defesa do direito de ter aquele mercado, não só para nós, mas para o mundo inteiro”, completa Santin.