? Acreditamos que será um grande negócio ? disse o gerente geral de comércio e vendas globais, Edson Souki, em uma conferência realizada nesta terça, dia 25, em Lima.
Os fundamentos são sólidos, segundo Souki, e incluem o forte crescimento da renda nos mercados emergentes, a urbanização e a consequente pressão sobre a terra disponível para cultivo. Os três pilares da indústria de fertilizantes são potássio, nitrogênio (originado na amônia e na ureia) e fósforo. O maior risco para a indústria é a volatilidade dos preços, segundo autoridades da indústria. Outra grande dúvida está no mercado chinês, ainda muito desconhecido.
O vice-presidente de marketing da Canpotex na América Latina, Max de Armendi, maior distribuidora global de potássio, comentou que 2010 foi um ano de recuperação da indústria. Para ele, o futuro é positivo, pois a demanda média por potássio deve crescer 9% anualmente no curto prazo. A Canpotex pertence à Agrium, à Mosaic e à Potash.
Armendi acrescentou que o otimismo para os fertilizantes se baseia na demanda crescente por proteína animal de alta qualidade e por óleos vegetais. Outros fatores impulsionam a demanda, como o aumento do consumo de alimentos na China e na Índia, assim como as necessidades do setor de biocombustíveis.
? A produtividade das safras precisa crescer ? disse Armendi, citando a previsão da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) de que a demanda aumentará 1,5% por ano, nos próximos 30 anos.
James Mann, do grupo Farmers of North America, que representa cerca de 20 mil produtores, alertou que, se as margens de lucro do agricultor forem comprimidas pela elevação dos preços dos fertilizantes, a motivação dos produtores familiares para o cultivo de alimentos pode ser prejudicada. Segundo Mann, a agricultura familiar representa 90% do total no mundo. As informações são da Dow Jones.