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Boi: arroba segue com preços firmes
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Milho: saca alcança décimo terceiro dia consecutivo de alta no Cepea
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Soja: vendedor afastado do mercado trava negócios
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Café: arábica tem queda seguindo câmbio e Nova York
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No Exterior: FED sinaliza juros baixos nos EUA por longo período
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No Brasil: Banco Central eleva taxa Selic para 2,75% ao ano
Agenda:
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Brasil: dados trimestrais de abate do setor de carnes (IBGE)
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Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
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EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: arroba segue com preços firmes
A arroba do boi gordo negociada no mercado doméstico teve mais um dia de preços firmes. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a cotação passou de R$ 314 para o intervalo de R$ 314 e R$ 315 por arroba em São Paulo. Em Dourados (MS), subiu de R$ 298 para R$ 301. O cenário segue muito desafiador para a pecuária como um todo, pois os preços sobem mesmo com a demanda doméstica enfraquecida, isso faz com que as cotações no atacado não acompanhem e acabam por pressionar as margens dos frigoríficos.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram um pregão em que as baixas predominaram. O ajuste do vencimento para março passou de R$ 313,5 para R$ 311,1, do abril foi de R$ 310,95 para R$ 309,5 e do maio, de R$ 307,65 para R$ 305,35 por arroba.
Milho: saca alcança décimo terceiro dia consecutivo de alta no Cepea
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), subiu novamente e alcançou o décimo terceiro dia consecutivo de alta. A cotação variou 0,25% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,21 para R$ 93,44 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 18,8%. Em 12 meses, os preços alcançaram 59,97% de valorização.
Na B3, os contratos futuros de milho tiveram um dia misto, onde as pontas mais curtas registraram leves altas e as mais longas recuaram. O ajuste do vencimento para maio passou de R$ 94,89 para R$ 94,90 e do julho foi de R$ 89,92 para R$ 90,03 por saca.
Soja: vendedor afastado do mercado trava negócios
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os vendedores da soja seguem afastados do mercado em movimento que acaba travando os negócios. O produtor está focado na colheita e com as quedas observadas em Chicago e do dólar em relação ao real, a formação das cotações domésticas fica ainda mais complicada.
Segundo o levantamento diário de preços da empresa, em Passo Fundo (RS) e no porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 170. Em Chicago, o contrato para maio recuou 0,39% e passou de US$ 14,232 para US$ 14,176 por bushel.
Café: arábica tem queda seguindo câmbio e Nova York
O mercado físico brasileiro de café teve um dia de preços mais baixos e foi impulsionado por nova queda das cotações em Nova York e do dólar em relação ao real. De acordo com o levantamento diário da Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 730/735 a saca, contra R$ 735/740 do dia anterior.
Na Bolsa de Nova York, o contrato com vencimento para maio, o mais líquido no momento, teve baixa de 0,71% e passou de US$ 1,345 para US$ 1,3355 por libra-peso. A cotação segue brigando para se manter acima de US$ 1,30 por libra-peso para ganhar força e buscar as máximas do ano ao redor de US$ 1,40.
No Exterior: FED sinaliza juros baixos nos EUA por longo período
Apesar da dinâmica preocupante das taxas futuras de juros dos títulos do Tesouro norte-americano, o Banco Central dos Estados Unidos (FED) sinalizou que não espera altas para os juros de referência até 2023. O presidente do FED, Jerome Powell, ressaltou que neste momento, e de forma coerente com o que ele já havia comunicado anteriormente, o Banco Central quer ver a inflação consistentemente acima da meta de 2,0%.
De acordo com a avaliação dos diretores do Federal Reserve, é preciso que acomodar a inflação acima da meta por um tempo para que o mercado de trabalho se recupere totalmente, já que os efeitos negativos da pandemia foram muito pesados nos empregos.
No Brasil: Banco Central eleva taxa Selic para 2,75% ao ano
O Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa selic de 2,0% para 2,75% ao ano. Foi o primeiro aumento de juros desde 2015. A decisão surpreendeu as expectativas de mercado que projetavam aumento para 2,50% ao ano. No comunicado divulgado após a decisão, os diretores do BC já sinalizaram que caso as projeções de inflação e o balanço de riscos permaneçam similares ao cenário observado hoje, haverá mais uma alta de 0,75 ponto percentual.
A decisão foi influenciada pela expectativa de recuperação robusta da economia dos países desenvolvidos, em virtude dos grandes volumes de estímulos fiscais, no cenário externo. Isso pode fazer com que a inflação de commodities agrícolas e metálicas gere uma pressão acima do esperado no índice de preços do Brasil, o que já vem ocorrendo. Dessa forma, o Banco Central julgou que um ajuste mais célere do grau de estímulo monetário pode reduzir a probabilidade de não cumprimento da meta de inflação em 2021 e 2022.