O ágio, que é quando o quilo da carcaça do bezerro custa mais que o quilo da carcaça desse animal transformado em boi gordo, é um importante balizador na rentabilidade do produtor de recria-engorda, principalmente neste momento de transição no ciclo pecuário.
Para se ter ideia, no primeiro bimestre de 2021, o ágio do bezerro apresentou acréscimo de 2,61 ponto percentual ante o mesmo período do ano passado, e ficou em 23,64%, de acordo com levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Além disso, em março de 2021, a valorização mais expressiva do bezerro de ano (+6,32%) em relação ao boi gordo (+1,89%) fez o indicador subir 3,19 ponto percentual no comparativo com fevereiro de 2021, alcançando os 26,50% de ágio.
Nesse sentido, com a oferta restrita do bezerro, espera-se que este indicador permaneça em patamares elevados no curto/médio prazo. Logo, a fim de contornar este cenário e fechar um caixa que compense o custo da aquisição, é necessário um maior depósito de carcaça no animal, como também é recomendado o travamento de preços com antecedência pelos confinadores.
Por Agência Safras