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Ministério da Agricultura troca diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro

Pedro Alves Corrêa Neto foi nomeado para o cargo, em substituição a Valdir Colatto, que contou ao Canal Rural na última semana que havia pedido exoneração

Pedro Alves Corrêa Neto
Pedro Alves Corrêa Neto foi nomeado para dirigir o Serviço Florestal. Foto: Pedro França/Agência Senad

O governo federal trocou o comando do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), que faz parte da estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), conforme antecipado pelo Canal Rural na última semana. O diretor-geral do órgão, Valdir Colatto, foi exonerado a pedido e, para o lugar dele, foi nomeado Pedro Alves Correa Neto.

A mudança está em portaria da Casa Civil da Presidência publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira. O documento traz ainda outras duas nomeações no órgão: de Humberto Navarro de Mesquita Junior, como diretor de Desenvolvimento Florestal, e de Paulo Henrique Marostegan e Carneiro, como diretor de Concessão Florestal e Monitoramento.

Colatto e o Serviço Florestal Brasileiro

Na última quinta-feira, 8, em entrevista exclusiva ao Canal Rural, Valdir Colatto afirmou que pediu exoneração do cargo, porque o “rumo que os trabalhos estavam tomando” no Serviço Florestal Brasileiro não era condizente com as ações que ele vinha implementando.

“Tenho uma história com o Código Florestal. O projeto foi de minha autoria quando fui deputado federal, sou um estudioso do assunto. Houve uma reestruturação das ações e entendo que não é o caminho a ser percorrido, não dará certo e trará dificuldades aos produtores rurais brasileiros”, disse.

Foram pouco mais de dois anos no comando do SFB, período em que a implementação do Cadastro Ambiental Rural era conduzido pelo Ministério da Agricultura, mas implementado nos estados pelas secretarias ambientais, o que trazia muita dificuldade, de acordo com Colatto. Ele conta que a saída se deu para deixar a ministra “à vontade” para ajustar o sistema.

“Eu sou amigo pessoal da ministra Tereza Cristina, tivemos uma conversa tranquila, deixei claro que quis deixá-la à vontade para montar a nova equipe e tocar o que acha correto para implementar o CAR”, reforçou.

O ex-deputado também afirmou ao Canal Rural que as instruções normativas que regulamentam os instrumentos de implementação das ações de meio ambiente são ainda do governo anterior e que há um choque de posições com a nova visão desta gestão.

“Precisamos de uma visão atual e não do passado. Há um choque de posições e não vou mudar minha linha de pensamento”, declarou.

Valdir Colatto afirmou ainda que a troca de profissionais de sua gestão, além de um novo decreto que alterou o trabalho que vinha sendo feito, aceleraram sua saída. “Ficou impraticável tocar o serviço na nova estrutura criada. O mais complexo pra mim é: o Ministério da Agricultura vai implementar o CAR, mas nos estados a autonomia será das secretarias de Meio Ambiente”.