Após as quedas de março, neste mês de abril, os preços do suíno vivo e da carne no atacado vêm indicando recuperação. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), um dos motivos é a menor oferta de carne no mercado doméstico, devido às fortes exportações.
De acordo com a analista Juliana Ferraz do Cepea, o mercado é oscilante mas a demanda da China impulsiona os preços. “Entramos em um movimento de queda desde dezembro que persistiu até o mês passado. As exportações para a China provocaram uma oferta menor no nosso mercado doméstico e consequentemente a elevação nos preços”, afirma.
Sobre o ritmo de exportações, a analista diz: “a expectativa é que o ritmo de embarques continue aquecido. Ano passado batemos um recorde com mais de 1 milhão de toneladas enviadas ao exterior e mais da metade foi para a China. Esperamos que esse movimento continue e o mercado interno com movimentação de recuperação”.
Apesar da alta no preço da carne, o produtor ainda sofre com os custos dos insumos. “Os preços dos insumos subiram numa intensidade muito maior, e com isso o poder de compra do produtor segue desfavorável”, completa.