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Em dia de poucas vendas, preço do boi gordo sobe em Mato Grosso

O dia foi de menor fluidez de negócios, com frigoríficos e pecuaristas avaliando as melhores estratégias para o curto prazo

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta sexta-feira, 16. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o dia foi de menor fluidez de negócios, pois muitos frigoríficos e pecuaristas se ausentaram, avaliando as melhores estratégias para o curto prazo.

Com o avanço das escalas de abate em alguns estados, a tendência é que os frigoríficos tentem exercer alguma pressão na segunda quinzena de abril. “Outro aspecto está relacionado ao clima seco, gerando desgaste nas pastagens e por consequência reduzindo a capacidade de retenção dos pecuaristas. A safra de boi gordo se aproxima do seu auge, e este período costuma marcar o ponto de mínima dos preços no decorrer do ano. De qualquer maneira a queda não deve ocorrer de maneira contundente, a resiliência será a principal característica dos preços pecuários em 2021”, assinala.

Em relação à demanda interna de carne bovina, o bom desempenho das vendas durante a primeira quinzena do mês, consequência de uma nova rodada do auxílio emergencial, fomentando o consumo de produtos básicos, vai garantindo preços firmes.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 318 a arroba, ante R$ 318 – R$ 319 na quinta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 305, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 306 – R$ 307, inalterado. Em Cuiabá, o boi gordo foi negociado a R$ 310 a arroba, contra R$ 309. Em Uberaba, Minas Gerais, preços os valores permaneceram inalterados em R$ 312 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menos espaço para reajustes ao longo da segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Entretanto, o desempenho das vendas na primeira quinzena do mês foi satisfatório, com os preços da carne bovina apresentando bom desempenho, com destaque para o quarto dianteiro e para a ponta de agulha,
cortes mais acessíveis em um momento de dificuldades macroeconômicas”, diz Iglesias.

Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,65 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu a R$ 17,75 o quilo.