O mercado físico de boi gordo registrou mais baixos nesta quarta-feira, 5, na maioria das regiões de produção e comercialização do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, consequência do avanço da oferta de boiadas em
grande parte do Centro-Sul. “A estiagem prolongada é um fator importante a ser considerado nesse processo, pois reduz a capacidade de retenção entre os pecuaristas”, diz.
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A safra de boi gordo está cada vez mais próxima do seu auge. “Então, nada mais natural que os preços assumam tendência de queda. Como resultado, os frigoríficos operam com escalas de abate confortáveis, posicionadas entre
cinco e sete dias úteis”, assinala.
Já para a entressafra, a dinâmica de mercado tende a mudar completamente, com a tendência de uma queda do confinamento de primeiro giro em função do avanço dos custos pecuários em 2021.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 308, ante R$ 309-R$ 310 na terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290, estável. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 294 – R$ 295, ante R$ 296. Em Cuiabá, o boi gordo foi negociado por R$ 305 contra R$ 307 – R$ 308. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços chegaram a R$ 300 a arroba, ante R$ 300-R$ 301 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por alguma reação dos preços no decorrer da primeira quinzena de maio, com destaque para o potencial consumo do próximo final de semana, avaliando as comemorações relacionadas ao Dia das Mães como grande motivador da demanda. Em função da situação macroeconômica a tendência ainda é de maior consumo por proteínas mais acessíveis, prioritariamente a carne de frango.
Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18,00 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.