Soja Brasil

À espera do relatório do USDA, preço da soja recua em Chicago

A volta das chuvas ao Meio Oeste americano, sugerindo a melhora nas condições das lavouras de soja, também pressionou o mercado

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, 9, com preços mais baixos. Na véspera do relatório de junho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a volta das chuvas ao Meio Oeste americano, sugerindo melhora nas condições das lavouras, pressionou o mercado.

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 17,50 centavos de dólar por libra-peso ou 1,10% a US$ 15,62 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 15,23 por bushel, com perda de 16,50 centavos ou 1,07%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo recuou US$ 3,40 ou 0,87% a US$ 386,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 71,59 centavos de dólar, perda de 0,49 centavo ou 0,67%.

Segundo a Safras & Mercado, os agentes buscaram posicionar suas carteiras frente aos dados do USDA. O Departamento deve elevar a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. O relatório de junho será divulgado nesta quinta, 10, às 13hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,414 bilhões de bushels em 2021/22. Em maio, a previsão ficou em 4,405 bilhões de bushels. No ano passado, a produção foi de 4,135 bilhões.

Para os estoques, o mercado aposta estimativa de 139 milhões. Em maio, o USDA indicou estoques em 140 milhões  de bushels. A previsão para 2020/21 deverá passar de 120 milhões para 122 milhões de bushels.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 91,6 milhões de toneladas, contra 91,1 milhões estimados em maio. Para 2020/21, a previsão deverá passar de 86,6 milhões para 86,7 milhões de toneladas.

A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá ter sua estimativa elevada de 136 milhões para 136,2 milhões de  toneladas. A safra argentina pode ter corte, passando de 47 milhões para 46,5 milhões de toneladas.

Sinais de demanda se deslocando dos Estados Unidos para a América do Sul, realização de lucros em meio a fatores técnicos e o desempenho de outros mercados ajudaram a pressionar as cotações. Além do relatório mensal do
USDA, os agentes vão analisar ainda os embarques semanais americanos. O mercado aposta em número entre 100 mil e 400 mil toneladas.

Soja no mercado físico

O mercado brasileiro de soja teve uma quarta de poucos negócios e de preços entre estáveis e mais baixos. A recente volatilidade de Chicago afasta os negociadores e mantém a comercialização travada, mesmo com a firmeza do  câmbio hoje.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos recuou de R$ 169 para R$ 168. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 168 para R$ 167. No porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 172.

Em Cascavel, no Paraná, o preço seguiu em R$ 167,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca estabilizou em R$ 173.

Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 166. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 160 para R$ 159. Em Rio Verde (GO), a saca caiu de R$ 167 para R$ 164.

Dólar

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,59%, sendo negociado a R$ 5,0700 para venda e a R$  5,0680 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,0190 e a máxima de  R$ 5,0860.