A comercialização da safra brasileira de café de 2021/22, que está em colheita, até o último dia 08 de junho, atingia 40% do potencial de produção, contra 34% do mês anterior. O dado faz parte de levantamento mensal de Safras & Mercado. O percentual de vendas é superior a igual período do ano passado, quando girava em torno em 34% da safra. O fluxo de vendas também está bem acima da média dos últimos 5 anos para o período, algo como 26%.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, a justificativa para essa performance é a escalada dos preços, iniciada ao final do ano passado. Porém, agora o produtor “encurtou a mão” e reduziu o ritmo de venda da safra brasileira 2021. “Esse comportamento já é notado desde o início do ano, mas ganhou intensidade ao longo dos últimos dois meses. O clima ruim gerou medo em não cumprir os contratos de venda antecipada. E a escalada nas cotações fez crescer a aposta de alta. Isso tudo acabou afastando os vendedores do mercado”, comenta.
A comercialização de arábica segue como destaque, alcançando 43% da safra BR-21, bem acima da média para o período, que gira em torno de 27%. E também superior ao percentual comprometido em igual época do ano passado, algo em torno de 37%. “As vendas de conilon ganharam mais ritmo ao longo do último mês de maio, frente ao avanço da colheita e também diante da boa procura tanto de exportador como da indústria local pelo conilon”, pondera o consultor. Assim, as vendas de conilon chegam a 34% da safra 2021, bem acima dos 27% de igual período do ano passado e dos 24% comprometidos em média até o mês de maio.
Por Agência Safras