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Boi: escalas se alongam, mas arroba segue firme, diz Safras & Mercado
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Milho: preços chegam ao menor valor desde o início de março
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Soja: porto de Paranaguá (PR) tem segunda menor cotação do ano
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Café: Nova York ensaia recuperação e impulsiona mercado brasileiro
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No Exterior: FED mantém juros mas eleva projeção para inflação
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No Brasil: Banco Central eleva Selic para 4,25% ao ano
Agenda:
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Brasil: IPC-S da segunda quadrissemana de junho (FGV)
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Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
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EUA: exportações semanais de grãos (USDA)
Boi: escalas se alongam, mas arroba segue firme, diz Safras & Mercado
Apesar das escalas de abate mais alongadas e folgadas, o mercado físico do boi gordo no Brasil registrou preços firmes, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Segundo o analista Fernando Iglesias, o cenário das escalas ainda não permite que os frigoríficos exerçam pressão negativa sobre os preços.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo não sustentaram a alta do dia anterior e voltaram a cair, sendo que apenas o vértice mais curto teve uma leve valorização. O ajuste do vencimento para junho passou de R$ 320,05 para R$ 320,50, do outubro foi de R$ 330,65 para R$ 328,70 e do novembro, de R$ 334,00 para R$ 332,05 por arroba.
Milho: preços chegam ao menor valor desde o início de março
O indicador do milho do Cepea teve mais um dia de baixa dos preços e chegou ao menor valor desde o dia 10 de março. A cotação variou -1,79% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,27 para R$ 91,6 por saca. Ainda assim, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16,47% e em 12 meses, os preços alcançaram 95,43% de alta.
Os contratos futuros do milho negociados na B3 chegaram ao décimo dia consecutivo de quedas, sendo que no período, os preços chegaram a recuar mais de 10%. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 88,83 para R$ 87,16, do setembro caiu de R$ 89,72 para R$ 87,42 e do março de 2022 recuou de R$ 91,39 para R$ 90,90 por saca.
Soja: porto de Paranaguá (PR) tem segunda menor cotação do ano
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve um dia de forte baixa dos preços, que chegaram ao segundo menor nível de 2021. A cotação variou -1,90% em relação ao dia anterior e passou de R$ 164,45 para R$ 161,32 por saca. Apesar disso, no acumulado do ano, o indicador valorizou 4,82%. Em 12 meses, os preços alcançaram 46,92% de alta.
Em Chicago, os contratos futuros da soja chegaram ao quarto dia consecutivo de queda, sendo que apenas nesse período, o recuo acumulado foi de quase 8,0%. O vencimento para novembro recuou 2,20% e passou de US$ 13,734 para US$ 13,432 por bushel. A previsão de clima favorável ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas segue pressionando negativamente a oleaginosa.
Café: Nova York ensaia recuperação e impulsiona mercado brasileiro
Em Nova York, as cotações do café arábica ensaiaram uma recuperação após três dias seguidos de baixas. O vencimento para setembro saltou 1,44% na comparação diária e passou de US$ 1,5325 para US$ 1,5545 por libra-peso. O mercado se afastou bastante da marca importante de US$ 1,60 por libra-peso e agora tenta retomar o patamar perdido.
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, o avanço em Nova York impulsionou as cotações no mercado brasileiro. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação subiu de R$ 810/815 para R$ 820/825, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação passou de R$ 820/825 para R$ 830/835.
No Exterior: FED mantém juros mas eleva projeção para inflação
O Comitê Federal de Mercado Aberto do Banco Central dos Estados Unidos (FED) manteve inalterada a taxa de juros, mas elevou a projeção de inflação para 2021. A previsão passou de 2,2% para 3,0%. Além disso, os diretores do FED passaram a projetar duas altas de juros em 2023, sendo que na última reunião, em março, a expectativa era de elevação apenas em 2024.
Apesar da decisão do FED ter ficado dentro do esperado pelo mercado, as alterações nas projeções trouxeram volatilidade adicional às ações, ao câmbio e aos juros. No fechamento, as bolsas tiveram queda e o dólar teve forte avanço em relação aos principais pares de moedas, um movimento dentro do esperado caso os juros subam antes do projetado.
No Brasil: Banco Central eleva Selic para 4,25% ao ano
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 4,25% ao ano, chegando à terceira alta seguida. No comunicado divulgado após a decisão, os diretores afirmam que um novo aumento de mesma magnitude deve ser feito na próxima reunião em agosto
O Copom também afirmou que caso haja uma deterioração das expectativas de inflação até a próxima reunião, há a possibilidade de um aumento até maior na taxa Selic. Neste caso, a elevação em agosto provavelmente seria de 1,00 ponto percentual. Portanto, os resultados da inflação seguem como principais fatores de incerteza em relação à política monetária.