O Governo Federal anunciou nesta segunda-feira, 12, que o 81° leilão de biodiesel vai ter mistura obrigatória de 12% do biocombustível no diesel. A medida acontece após uma redução temporária para 10% nos dois leilões anteriores, quando os preços altos da soja impulsionaram a cotação do produto, que é derivado do grão.
Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, é necessário avaliar os benefícios a longo prazo. “Esse vai e vem da mistura do biodiesel ao diesel gera uma insegurança muito grande porque hoje nós temos que analisar o custo benefício. Isso não quer dizer que o custo sempre precisa estar abaixo do benefício, muitas vezes o benefício é maior”, pontua.
Daoud ainda ressalta que quanto maior a concentração de biodiesel à mistura, maior será a redução na emissão de gases poluentes. “O correto hoje seria 13%, quanto mais se mistura o biodiesel ao diesel, aumenta e melhora a qualidade do ar, auxiliando a questão ambiental”, diz.
O comentarista ainda pontua a importância de uma política de ajuste de preço dos combustíveis. “Não temos uma definição da política de reajustes de preços dos combustíveis. O benefício que se reduzir centavos no preço do combustível, em função de diminuir a mistura, é desastrosa para o setor que é um monstro na nossa agropecuária. O custo é alto, mas o benefício promovido é muito maior, pois ao longo prazo, fixa uma posição concreta neste setor”, conclui.