A comercialização da safra brasileira de café de 2022/23, que será colhida ano que vem, até o último dia 14 de julho, atingia 23% do potencial de produção. O dado faz parte de levantamento mensal da Safras & Mercado.
Segundo o consultor da Safras & Mercado, Gil Barabach, o vendedor volta, novamente, a atenção para safra brasileira 2022 e 2023 na comercialização. “O fluxo é pequeno e segue bastante cadenciado. Natural, diante da incerteza produtiva e do risco climático. Em todo caso, depois de uma grande resistência percebe-se um produtor mais flexível e receptivo as posições com safras futuras”, comenta.
Não há comparativo com igual período de 2020, nem mesmo um referencial histórico. A única base de comparação é o mês anterior, quando as vendas estavam em 20%. “A indicação está sujeita a ajuste, uma vez que é baseada em um potencial produtivo que só começará a ser definido, efetivamente, a partir das floradas ao longo da próxima primavera”, diz Barabach. Ele coloca que boa parte dos produtores usam como referência a safra de 2018. Já outros consideram como referência a safra de 2016. Em linhas gerais, as vendas de arábica estão mais aceleradas, girando em torno de 26% do potencial produtivo. Destaque para as operações de trocas (barter) e também às fixações junto às tradings. No caso do conilon, as vendas giram em torno de 16% do potencial da safra. E são puxadas por operações de troca e fixação tanto com indústria local como com tradings, diz Barabach.
Por Agência Safras