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Milho argentino: Porto de Paranaguá recebe mais 32 mil t nesta 4ª; já são 102 mil t desde janeiro

O Ocean Royal será a quarta embarcação a chegar ao terminal paranaense neste ano trazendo cereal do país vizinho; operação de descarga deve levar 5 dias

desembarque de milho em paranagua
Desde janeiro, foram desembarcados em Paranaguá 102 mil t de milho argentino. Foto: Claudio Neves/Porto do Paraná

O Porto de Paranaguá, no Paraná, informou que mais um navio atraca nesta quarta-feira, 28, trazendo milho da Argentina. A quarta embarcação que chega ao terminal paranaense neste ano com cereal do país vizinho trará 32 mil toneladas. Desde janeiro, foram desembarcados em Paranaguá 102.719 toneladas de milho argentino.

O Ocean Royal está programado para atracar às 17 horas e deve iniciar a operação no mesmo dia. A empresa responsável é Fortesolo, que também fez as movimentações dos navios Aurora SB, em maio (35.319 toneladas); Sirius Sky, em junho (36.870); e Interlink Nobility, no início deste mês (30.530).

Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, os operadores portuários que atuam na descarga do produto possuem equipamentos especializados, o que aumenta os índices de produtividade e atrai importadores.

“O Porto de Paranaguá está capacitado para atender às demandas de mercado, tanto na exportação quanto na importação, e nos mais diversos tipos de carga, atendendo totalmente suas funções, segundo a necessidade dos clientes”, diz Teixeira.

Os berços utilizados para a descarga do milho são destinados para os demais graneis de importação como sal, fertilizantes, trigo, malte e cevada.

O produto será destinado à produção de ração animal. Segundo o diretor-presidente da Fortesolo, Marco Ghidini, a descarga deve levar cerca de cinco dias. Parte do produto vai diretamente para cooperativas e parte ficará armazenada em Paranaguá.

“A operação exige muito cuidado, pois se trata de produto alimentício. A nossa equipe tem um cuidado especial para que não haja nenhum tipo de contaminação e que o grão chegue aos clientes com total integridade”, afirma.

Mercado de milho

A quebra da safra brasileira, que afetou a produção do milho safrinha, aumentou a expectativa de recorde nas importações. De acordo com o analista Edmar Gervásio, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a demanda pelo cereal se deve ao alto consumo do produto pela cadeia de suínos e aves.

“O milho que abastece essas cadeias produtivas é específico para esse fim. É produzido no Paraná, Mato Grosso e Goiás. Com a quebra significativa, é preciso comprar o produto de países vizinhos, como Argentina e Paraguai”, conta.

O analista afirma também que, apesar da expectativa de aumento nas importações, os números são pouco relevantes, se considerado o volume da produção brasileira de milho. “O país deve produzir mais de 90 milhões de toneladas, enquanto as importações não devem chegar a dois milhões de toneladas”.