O Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP) criticou nesta sexta-feira, 30, a comercialização a partir de 1º de agosto da mistura de 12% do biodiesel ao diesel, defendendo que se mantenha a porcentagem de 10%, para evitar problemas nos motores.
Sem citar o diesel verde da Petrobras, o IBP afirma que apoia “a introdução ampla de novos biocombustíveis, a fim de fomentar a competição entre produtos e promover melhorias quanto à oferta, preço e qualidade”.
A estatal lançou o novo produto, que utiliza energia renovável, mas tem o petróleo como base, para concorrer com o biodiesel, mas ainda não conseguiu convencer as autoridades regulatórias. Em maio deste ano, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deu aval para o diesel verde ser enquadrado como biocombustível na substituição do diesel, mas resguardou a fatia do biodiesel na mistura obrigatória aprovada pela Lei 13.263/2016 e que previa um escalonamento até chegar em 15%.
Segundo o IBP, testes realizados não confirmam a viabilidade da utilização dos teores até 15% (B15), o que é contestado pelos produtores de biodiesel. “A maioria dos relatórios apresentados pelas montadoras evidenciou preocupações quanto ao aumento do teor de biodiesel no diesel. Os problemas identificados e os prazos insuficientes para a realização de testes foram relatados”, disse o IBP em nota.
Por Estadão Conteúdo