Café tomba em NY sem risco de geadas no Brasil, com realização de lucros

A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços acentuadamente mais baixos.

As cotações voltaram a despencar na Bolsa de NY diante de movimentos de realização de lucros e de desmonte da “proteção climática” por fundos e especuladores. A semana deve ser de frio, mas sem riscos de novas geadas no cinturão cafeeiro do Brasil, o que leva os agentes a liquidarem posições que tinham sido compradas diante do risco com as temperaturas extremamente baixas.

A forte baixa do petróleo contribuiu para pesar sobre o mercado futuro do arábica em NY. Mas o aspecto principal é o climático com os fundos e especuladores agora ajustando suas posições sem maiores preocupações com geadas no curtíssimo prazo. Porém, segue o monitoramento climático já que agosto deve apresentar novas frentes frias e massas de ar polar chegando às regiões cafeeiras, como aponta o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antônio dos Santos, com a mais forte devendo ser mais ao final do mês.

NY fechou a cotação mais baixa desde o dia 20 de julho, data das geadas que atingiram os cafezais e que vão trazer prejuízos à safra de 2022, ainda em fase de avaliação.

Os contratos com entrega em setembro/2021 fecharam o dia a 172,80 centavos de dólar por libra-peso, desvalorização de 6,75 centavos, ou de 3,7%. A posição dezembro/2021 fechou a 175,75 centavos, baixa de 6,70 centavos, ou de 3,7%.